quinta-feira, 11 de abril de 2013

Antonio Anastasia anuncia investimentos de R$ 1 bilhão em saneamento básico para o Norte de Minas

O Norte de Minas terá R$ 1 bilhão em investimentos na área de saneamento nos próximos anos. O anuncio foi feito, nesta segunda-feira (08/04/13), pelo governador Antônio Anastasia, durante apresentação do balanço das ações do Governo de Minas para acelerar o desenvolvimento sócio econômico na região. Acompanhado do vice-governador Alberto Pinto Coelho, ele presidiu a Reunião Gerencial Regional do Norte de Minas, realizada na sede da OAB de Montes Claros, que contou com a presença de mais de 600 convidados, entre representantes da sociedade civil organizada, presidentes de instituições, deputados, prefeitos, vereadores e lideranças municipais.

                                                          Antônio Anastasia durante anúncio dos investimentos no Norte de Minas

Em seu pronunciamento, Antônio Anastasia destacou que o Norte de Minas terá mais recursos para a melhoria do abastecimento de água e tratamento do esgoto. “Acabamos de receber autorização para levantarmos R$ 9 bilhões, de diversos bancos, para investimentos na segurança, saúde, educação, infraestrutura, habitação e no saneamento. Só em saneamento para o Norte de Minas, nos próximos anos, nós teremos R$ 1 bilhão”, disse o governador.

Transferência de terreno

Durante a Reunião Gerencial Regional, foi assinado convênio entre o Governo do Estado, por intermédio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a Prefeitura de Montes Claros, pelo qual a Codemig transfere para o município o Distrito Industrial, que ocupa uma área de 5,3 milhões de metros quadrados. Além da gestão do distrito, será transferida uma área de aproximadamente 300 mil metros quadrados, destinada à implantação de novos empreendimentos industriais.

O convênio estabelece que a Codemig preste assistência e cooperação técnica ao município, a fim de assegurar que essa transferência seja um instrumento efetivo de promoção do desenvolvimento econômico local e regional, gerando emprego e renda, e melhorando a qualidade de vida da população.

Ações no Norte de Minas

Juntamente com o Vale do Rio Doce, o Norte de Minas foi escolhido para dar partida ao projeto de implantação da terceira geração do Choque de Gestão, conhecida como Gestão para a Cidadania, um modelo de administração que conta com participação ativa da sociedade na definição das políticas públicas.

Em 2012, mais de R$ 12 milhões foram repassados para 16 hospitais regionais de referência e as equipes do Programa Saúde da Família foram ampliadas para 1.237, com cobertura de 79% da população. No ano passado, foram anunciados investimentos de R$ 2,1 bilhões, com geração de mais de 3 mil empregos diretos e indiretos. Mais de 430 escolas foram atendidas com recursos para reforma, aquisição de equipamentos, mobiliário, tecnologia, informação e transporte. De 2003 a 2011, o Norte de Minas recebeu investimentos de R$ 130 milhões, para compra de viaturas, equipamentos e armamentos para as polícias e reformas de unidades prisionais.

“Percebemos que não basta o governo ter suas contas em ordem e em dia. Não basta o governo realizar e entregar à população obras, melhoria da educação, da saúde e da segurança, porque é fundamental modificarmos a percepção das pessoas em relação ao governo. Precisamos ter o comprometimento das pessoas, percebendo que as ações do governo são as ações de todos nós”, afirmou.


Mulheres apostam na produção de móveis de bambu

O sonho da produtora Maria Helena Soares Neves, 51 anos, que já trabalha com artesanato na Associação das Bordadeiras de Riacho da Porta, era aprender a fazer móveis de bambu, principalmente cadeiras, para colocar as almofadas que ela borda a mão.
 
Os planos se concretizaram depois que participou do curso de Fabricação Artesanal de Móveis de Bambu, no Reassentamento de Riacho da Porta, município de Olhos D´água, numa parceria entre o Sindicato dos Produtores Rurais de Bocaiúva e SENAR MINAS. Animada, Maria Helena conta que vai comercializar as almofadas na Agriminas, Feira da Agricultura Familiar, que ocorre em Belo Horizonte em agosto.
 
 
Maria Nazaré Pereira de Jesus, 47 anos, sempre morou na zona rural, trabalhando na capina e ordenha de vacas. Ela se achava incapaz produzir peças artesanais, até participar dos cursos do SENAR. “Primeiro aprendi a bordar e tecer, depois a pintura em tecidos e agora a fazer móveis de bambu”.
 
Dentre as orientações do instrutor, Renderson Alves da Silva, elas aprenderam o processo de criação dos móveis, colheita do bambu, corte, tratamento dos cortes, montagem da peça e acabamento.
 
Maria Nazaré pretende incorporar a produção de peças de bambu as suas atividades com o artesanato, pois já tem boa clientela e muitas encomendas. “Com mais esta atividade, pretendo aumentar a minha renda e ajudar mais o meu marido nas despesas com a nossa família.”

 
Fonte: FAEMG


Seca reduz produção de grãos no Norte de Minas


                                                                          Agricultores apostam na 2ª safra de feijão deste ano
                                                                                            para  recuperar as perdas da atual colheita.


A seca que atinge as regiões Norte e Noroeste de Minas reduziu em 9% a produção de feijão e em 2,2% a produção de milho no Estado, em fevereiro. A soja, que vinha acumulando safras recordes desde o ano passado, só não registrou queda significativa em função do crescimento da área plantada. Mesmo assim, a produção do grão registrou pequeno recuo de 0,5%.

Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, nas lavouras de feijão, houve perda equivalente a 14 mil hectares em um total de 172 mil. No caso do milho, cujo plantio é mais abundante, o equivalente a 37 mil hectares foram perdidos em uma área total plantada de 1,11 milhão de hectares.

Impacto maior

Os números do IBGE não refletem, no entanto, toda a extensão dos efeitos negativos da seca. De acordo com o coordenador da assessoria técnica da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Pierre Vilela, dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) mostram um impacto maior da estiagem.

“Segundo a Emater, a plantação de feijão teve perda equivalente a 39 mil hectares e a de milho, 79 mil. Os números divergem dos apresentados pelo IBGE pelo fato de a Emater ter acesso, também, às propriedades pequenas”, afirma Vilela.

Contraste


Em 2012, a safra de grãos em Minas chegou a 12 milhões de toneladas, colheita recorde no Estado. Apesar da falta de chuva neste ano, a estimativa da Faemg é a de que a safra mineira não fique muito abaixo da colhida no ano anterior.

“Por enquanto, ainda fala-se em 11,7 milhões de toneladas até o final de 2013. Vale lembrar que o trigo ainda não foi plantado, existe outra safra de feijão por vir, assim como o sorgo. Então, ainda podemos chegar próximo à safra do ano passado”, diz Vilela.

Mas, para isso, será necessária uma maior regularidade do regime de chuvas ao longo do ano, garantindo uma boa colheita das safrinhas de grãos que serão plantadas.

“Falar que, neste ano, estamos em tendência de desastre climático não é verdade. É claro que há irregularidades e, naturalmente, dentro dos ciclos, coisas acontecem”, diz Vilela.


Fonte: Jornal Hoje Em Dia

Defesa Civil de MG promove Seminário sobre Tremores de Terra, em Montes Claros, com especialistas japoneses


No dia 18/03/2013 (segunda-feira), o Gabinete Militar do Governador, por meio de sua Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, promoveu em Montes Claros o Seminário Brasil-Japão: Tremores de Terra, no auditório da 11°RISP (Região Integrada de Segurança Pública).

 
Durante o evento, técnicos da Defesa Civil de Aichi, Professores da Universidade de Nagoya e voluntários em defesa civil do Japão falaram sobre a própria experiência com abalos sísmicos. Além de estreitar as relações entre o Estado de Minas e a Província de Aichi (Japão), o seminário teve o intuito de capacitar os integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e a Sociedade Civil, principalmente para a prevenção e preparação para terremoto.
 
Segundo o Chefe do Gabinete Militar do Governador e Coordenador Estadual de Defesa Civil, Coronel Luis Carlos Dias Martins, os japoneses apresentaram uma série de atividades, dinâmicas de grupo, que deve agora ser realizada com a comunidade, iniciando nas escolas.  Sabemos que os tremores no Brasil são fenômenos poucos conhecidos e ao mesmo tempo as ações de prevenção são pouco praticadas.

 
Para Chiaki Kobayashi, representante da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), as experiências vivenciadas pelos japoneses podem ajudar os brasileiros a enfrentar os tremores. "É nosso dever repassar nossas experiências com os desastres naturais para outros países. Acreditamos que assim possamos ajudá-los a superar os desatres", diz.
 
Segundo o Coronel, a vinda dos professores japoneses faz parte de uma série de ações tomadas pela Defesa Civil Estadual. “Em 2012, professores da Universidade de Brasília vieram até a cidade para explicar o que eram os tremores. Em seguida foram instalados sismógrafos na cidade para entender os abalos, e agora as palestras do seminário foram voltadas para a prevenção dos tremores. Todos nós entendemos que ações preventivas junto à comunidade de Montes Claros são fundamentais para que a população possa conviver com esse novo fenômeno que tem causado certo temor na população.” Disse o Chefe do Gabinete Militar.
 
Produzido em parceria com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e com a Prefeitura Municipal de Montes Claros o evento contou com a participação de 250 pessoas.


Fonte: DEFESA CIVIL

Frigorífico é esperança para pecuaristas do Norte de Minas

                                                        Foto:  jornalmontesclaros.com

Há 15 anos, após abrir falência, a rede de frigoríficos Kaiowa deixou um rastro de prejuízos para os pecuaristas de Janaúba, na região Norte de Minas. Com capacidade de abate de 500 cabeças de gado por dia, o frigorífico deixou vestígios de desemprego no município, causando perdas para a receita da cidade. Entretanto, com o processo de avaliação dos ativos que estão sendo arrematados, essa fase pode estar próxima de terminar.
As quatro unidades da massa falida do Kaiowa - além de Janaúba, uma em Anastácio, no Mato Grosso; outra em Pires do Rio, em Goiás; e outra em Presidente Wenceslau, em São Paulo - estão em fase de avaliação para, então, o processo de repasse das unidades para novos empreendedores sejam finalizados.

De acordo com o Secretário de Agronegócio e Desenvolvimento Sustentável de Janaúba, José Cláudio Viana, cerca de 300 empregos diretos, e outros 2000 indiretos, seriam gerados com a volta da indústria.

"Estamos comovidos pela reabertura do frigorífico na cidade. Na verdade, temos perdido muito gado pela seca, que é uma precariedade para nosso agronegócio, mas a presença do frigorífico, independente do clima, seria uma saída para escoar nossos animais, gerando emprego e renda para o município", ressalta Viana.

O síndico da massa falida do frigorífico Kaiowa, Amador Bueno, frisa que falta apenas a avaliação dos ativos, e que os valores trabalhados ainda não são divulgados. "Certamente, Janaúba tem potencial para a reabertura da empresa, mas não podemos precisar ainda as datas em que o processo, que tramita na 16ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, será finalizado", explica o síndico.

Entre os empreendedores, a aposta é de que o arremate dos ativos restantes ocorra primeiro para as unidades de Janaúba e Anastácio.

REATIVAÇÃO: Mais de 80 países podem importar

A demanda pelo abate de gado é alta em Janaúba e a ausência do frigorífico faz com que os pecuaristas levem o gado para outros destinos, prejudicando o mercado interno. "Mais de 80 países seriam compradores potenciais para o mercado exportador de Janaúba, não fosse a carência dos produtores pela estrutura de abate adequada", explica o deputado federal Gabriel Guimarães (PT–MG), que um dos intermediadores do retorno do Kaiowa.

O deputado reforça que a reabertura do frigorífico seria importante para o desenvolvimento dos produtores de toda a região. O BNDES pode financiar essa retomada.


Fonte: FAEMG


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Investir em biocombustíveis é chave para avanço na produção de energia sustentável

Em tempos de pré-sal e de um Brasil autossuficiente em relação à produção de petróleo, desde 2006, a discussão sobre a importância dos biocombustíveis tem andado em marcha relativamente lenta. No entanto, a preocupação ambiental e o fato de o combustível fóssil ser finito levanta a questão sobre a relevância de se investir em salto de qualidade tecnológica na área de energia sustentável. O Brasil, de 1975 a 1989, teve o Programa Nacional do Álcool (Proálcool ) para coordenar e estimular a produção e o uso do etanol carburante, e mostrou o poder e a expertise do país para gerar uma fonte de energia alternativa.

Com o know-how brasileiro foram construídas destilarias, as quais transformaram o excedente da produção de cana-de-açúcar em etanol, hidratado e anidro. O anidro é hoje usado como aditivo na gasolina, sem necessidade de qualquer modificação nos motores dos veículos. Na época, em meio à crise do petróleo, o Proálcool fez diminuir a dependência das importações, além de favorecer a indústria açucareira, pela alternativa da produção, depois da queda do preço do açúcar, em 1974.

"O problema é que, de 2000 até agora, o volume produzido de etanol evoluiu lentamente, sendo superado pelos Estados Unidos (veja gráfico), que, hoje, produz o dobro do Brasil", destaca o professor José Domingos Fabris, vice-coordenador do programa de pós-graduação em biocombustível da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais.

Para suprir demandas nessa área, que exige conhecimento avançado e especialistas com know-how em pesquisa e desenvolvimento, a UFVJM, em Diamantina, e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) estão oferecendo o primeiro curso de doutorado em biocombustível do Brasil. O programa de pós-graduação também inclui o mestrado acadêmico, que é mais comum no país. A iniciativa é um sopro a mais na área científica, na medida em que vai formar talentos para desenvolver pesquisas necessárias para o avanço da tecnologia.

José Domingos e o coordenador do programa, Alexandre Soares dos Santos, exaltam a iniciativa das duas universidades (UFVJM e UFU), que surgiu de uma extensão dos trabalhos de pesquisa e cooperação entre elas. "O Brasil tem abundância de luz, calor, terra e água e pode produzir muito biocombustível líquido (biodiesel mais etanol)", destaca José Domingos. O curso vem justamente para ajudar a preencher o vazio existente de desenvolvimento científico e tecnológico para a cadeia de produção de biocombustível.

Na avaliação de José Domingos, é urgente que o investimento em biotecnologia não fique vinculado à cana-de-açúcar e encontre alternativas no amido (mandioca, batata, beterraba, inhame etc.) e na celulose (o chamado etanol de segunda geração, produzido a partir de material celulósico, como madeira e restos culturais agrícolas, ou resíduo da linha industrial, como palha e bagaço de cana ou capim), além do desenvolvimento de processos tecnológicos industriais, fundamentais para baixar o custo da produção.

"O álcool de celulose é uma grande saída. O entrave é a falta de domínio suficiente de etapas críticas da tecnologia, na escala industrial. É importante investir e valorizar a pesquisa." No entanto, José Domingos reconhece o impasse. "Não é fácil formar um acervo adequado de conhecimentos que levem rapidamente a tecnologias inovadoras para a indústria dos biocombustíveis. Qualquer avanço mais significativo requer investimento contínuo em pesquisas, científica e tecnológica, acompanhado por formação de especialistas para começar a trabalhar produtivamente. E isso leva tempo", pontua. Segundo ele, antes da época do Proálcool, já existiam as usinas de açúcar, que foram aproveitadas para também produzir o etanol. "No caso da cana-de-açúcar, há um sistema agrícola funcionando. De qualquer modo, a matéria vegetal precursora dos biocombustíveis vem da agricultura empresarial ou familiar. É mais complexo do que a produção do petróleo, por ter mais variáveis em jogo", acrescenta.

A principal questão é que "os biocombustíveis disputam os mesmos materiais precursores dos alimentos humanos. A máquina mecânica e biológica (humana) necessita de combustíveis, para realizar funções muito parecidas em seus efeitos, como movimentar-se ou tracionar objetos. E ambas dissipam calor", lembra o vice-coordenador da pós-graduação. A época é relevante para a discussão da ampliação da produção de biocombustíveis. Ela vem atrelada a outra discussão internacional sobre a mudança do clima e a tentativas do aumento da produção de energias renováveis, com consequente diminuição de emissão e do acúmulo, na atmosfera, do dióxido de carbono liberado por combustíveis fósseis, como o petróleo ou o carvão. Como o Brasil apresenta condições naturais (luz, calor) favoráveis aos biocombustíveis, é preciso que tome a frente para se tornar, no futuro, líder seja do biodiesel ou do etanol no mercado internacional. "A competitividade é a garantia de futuro para o Brasil, nesse setor energético."


Fonte: BRASILAGRO