sexta-feira, 13 de junho de 2014

Desenvolvimento do Semiárido mineiro foi tema de seminário

Ampliar o acesso às políticas públicas para população, em especial para a agricultura familiar do semiárido. Este foi o objetivo do seminário Desenvolvimento do Semiárido mineiro, realizado no dia 10 de junho pela Prefeitura de Salinas, Minas Gerais, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Os organizadores do evento assinalam que propostas desenvolvidas em territórios fortalecem a microrregião a partir de ações específicas, que levam em conta as diversidades e necessidades locais. Assim, a programação do seminário debate vários temas, com foco nas especificidades da região.

Com público esperado de 350 participantes, o seminário contará com a presença de prefeitos e de representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do estado, dos governos estadual e federal (MDA e MDS), além de organizações que trabalham com agricultura familiar e atuam no nordeste de Minas Gerais. A região nordeste do estado abrange em torno de 60 municípios, com cerca de 60 mil agricultores.

“O evento vai discutir a capacidade da agricultura familiar na estratégia de desenvolvimento local”, afirma o diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA), Argileu Martins Silva, que ministra palestra, às 10h, sobre Políticas Públicas para a Agricultura Familiar.

“Vamos apresentar as políticas públicas governamentais direcionadas para o rural e a capacidade dessas políticas de dinamizar a economia local, gerar renda e potencializar os recursos da agricultura familiar”, adianta o diretor do Dater.

Serão discutidas, no encontro, as demandas e realidades dos municípios e ações que levem à valorização dos agricultores familiares; a modernização da produção e da organização produtiva; a qualificação da gestão; a diversificação das atividades agropecuária; a agregação de valor aos produtos; o acesso aos mercados institucionais e diferenciados, irrigação e crédito.

Safra mineira de algodão é favorecida pelo aumento da produtividade

  A produção mineira de algodão está crescendo por meio da produtividade, que os agricultores alcançam com a utilização de tecnologia e boas práticas nas lavouras, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Segundo o subsecretário do Agronegócio, Antônio Gama, no período 2013/14 os produtores do Estado devem colher 68,7 mil toneladas de algodão, conforme levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“O aumento é da ordem de 2% em relação à safra anterior e esse crescimento será obtido praticamente sem expansão da área de plantio”, observa.
Ele ressalta que as lavouras de algodão do Estado ocupam atualmente 20,1 mil hectares, sendo o rendimento médio de 3,4 toneladas por hectare, contra 3,3 toneladas por hectare registradas no período anterior. Gama acrescenta que o Valor Bruto da Produção (VBP) do algodão também estimula os agricultores. “De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), “a estimativa para Minas, neste ano, é de R$ 339 milhões, um aumento de 43,5% em relação ao VBP de 2013”.

O VBP é o resultado da multiplicação da produção estimada pela cotação média do produto. No caso do algodão, o percentual de crescimento é o maior no grupo dos principais produtos agrícolas de Minas Gerais, diz ainda o subsecretário, e acrescenta que o principal fator é a evolução dos preços. “Segundo o Indicador Cepea/Esalq, em 2013 o preço médio da arroba foi avaliado em R$ 68,8 e para este ano a estimativa é de R$ 72,2, portanto uma evolução da ordem de 8,5%.”

Benefícios ao setor
Com o objetivo de estimular a atividade, o governo do Estado, por meio da Seapa, desenvolve o Programa Mineiro de Incentivo à Cotonicultura (Proalminas). De acordo com o coordenador do programa, Lucas Rocha Carneiro, “um dos instrumentos da política de apoio ao setor é a premiação das indústrias ao algodão mineiro de qualidade, com acréscimo 7,85% sobre o preço Esalq/arroba”.

Rocha acrescenta que o algodão necessita do Certificado de Origem e Qualidade para ser comercializado pelos cotonicultores. “A produção de Minas tem qualidade comprovada por um laboratório de excelência, criado em 2006 pela Associação dos Produtores de Algodão (Amipa) com a participação do governo estadual e reconhecido mundialmente pelo rigor das análises da fibra”, diz Carneiro referindo-se ao Minas Cotton, localizado em Uberlândia, na região do Triângulo.

O laboratório tem certificação internacional e, em 2013, obteve a primeira e a segunda colocações mundiais quanto à precisão de suas análises, conforme avaliação do Comitê Consultivo do Algodão (International Cotton Advisory Committee – Icac) entidade sediada em Washington (EUA).

“Análises rigorosas do algodão são indispensáveis porque possibilitam à indústria têxtil a aquisição da pluma de acordo com as suas necessidades específicas e, após obter o relatório das avaliações, as empresas também dispõem de um diferencial para a definição de preço”, finaliza o coordenador.
Algodão de Minas – 2014 x 2013

Produção: 68,7 mil t (+2%)
Rendimento: 3,4 t/ha (+1,5%)
VBP: R$ 339 milhões (+43,5%)

FONTE: SEAPA

Emater destaca trabalhos na área ambiental em várias regiões de Minas

Foi comemorado nesta sexta-feira, dia 05 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente, data estabelecida pelas Nações Unidas para estimular a ação e conscientização global a favor da natureza. E como não poderia deixar de ser, aproveitamos a oportunidade para falar dos trabalhos mais marcantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), na área ambiental.
Ao longo dos anos, a empresa pública do estado vem aliando técnicas de extensão rural com a educação ambiental nos projetos e ações implantadas nas diversas regiões do território de Minas. Assim, mesmo sendo prioritariamente destinados ao atendimento das necessidades e demandas sociais da agricultura familiar, vários desses projetos extrapolam o cunho social e cumprem também um papel de preservação e conservação do meio ambiente, no meio rural.
Um bom exemplo desse tipo de trabalho vem do Projeto Jaíba, no município do mesmo nome, no Norte mineiro. Lá a Emater-MG atua junto aos mais de dois mil agricultores familiares, atendidos pelas miniestações de tratamento de água (ETAs). Embora as ETAs sejam projetos da Codevasf e Ruralminas, e empresa de extensão rural participa da gestão. Os extensionistas da Emater-MG mobilizam e orientam esses produtores familiares, chamando a atenção para os cuidados no uso da água potável, obtida por meio dessas estações. Também ensinam a utilização correta da água dos canais de irrigação, que regam as lavouras locais.

“Antes das ETAs, os agricultores pegavam a água dos canais para uso pessoal e não sabiam dos cuidados necessários para a conservação dela, contaminando os mananciais com sabão, agrotóxicos e outros poluentes”, relata a técnica Bem-estar Social da Emater-MG local, Maria Adelci de souza. Ela, que participou da equipe técnica de atendimento a esses usuários das estações, e ainda atua nas ações rotineiras de educação ambiental da empresa, explica que, com a implantação dessas unidades de tratamento, a Emater-MG passou a realizar um trabalho intenso de educação ambiental. “Foi feito um trabalho de conscientização dos cuidados para a preservação de toda a água utilizada nas glebas destinadas à agricultura familiar, seja a dos canais ou das ETAs”, explica.

Ainda segundo a extensionista, a Emater-MG passou a orientar sobre o uso dos produtos destinados ao tratamento da água das estações; o armazenamento correto desses produtos; o recolhimento do lixo; o aproveitamento de garrafas pets em artesanato e muitas outras ações afins. Atualmente estão em operação 254 unidades de tratamento de água para garantir o abastecimento de água potável aos agricultores familiares do Jaíba. Cada ETA é utilizada por oito famílias em média, de acordo cálculo divulgado pelo gerente de divisão da Emater-MG do Projeto Jaíba, Geraldo Ricardo Neri Pinto.

Fonte: EMATER