segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Parceria viabiliza a implantação de fossas sépticas biodigestoras em Itaobim, Norte de Minas




Uma parceria entre a Embrapa, prefeitura e Emater-MG busca  evitar a contaminação do solo e da água em Itaobim, Norte de Minas. A ideia é estimular   a implantação de fossas sépticas biodigestoras nas propriedades rurais, para o tratamento dos dejetos de vasos sanitários. As famílias cadastradas recebem as fossas gratuitamente.

O equipamento é doado pela Embrapa e a implantação nas propriedades é de responsabilidade da prefeitura. Os produtores começaram a receber as fossas em julho de 2016. Até agora foram implantadas cinco fossas biodigestoras. As famílias beneficiadas foram selecionadas  no início do ano pela prefeitura e Emater-MG.

De acordo com o secretário de Agricultura de Itaobim, Wallysson Mardem Macedo, essa medida irá “minimizar os impactos ambientais causados pela dispersão de dejetos dos vasos sanitários das residências rurais no meio ambiente. As fossas sépticas irão tratar o esgoto do vaso sanitário de forma eficiente e produzir um líquido que pode ser utilizado diretamente no solo como fertilizante”, afirma.

O sistema é composto por três caixas de fibra de vidro de mil litros cada. Na primeira e segunda caixa ocorre o tratamento do esgoto. A ultima é para o armazenamento do esgoto tratado. O processo é feito por uma mistura a base de água e esterco bovino. “São os microrganismos existentes no esterco bovino que vão transformar os resíduos sólidos em líquido”, diz o extensionista da Emater-MG em Itaobim, Dajas Murta Filho. Segundo ele, o líquido resultante desse processo é indicado para ser usado em mudas frutíferas.

A empresa tem orientado os produtores para que eles adotem as fossas sépticas biodigestoras. De acordo com Dajas Filho, essa iniciativa contribui para despoluir os córregos, evitar a contaminação do solo, lençol freático e reduzir a incidência de doenças. “É uma questão de preservação ambiental e de economia de água. Com essas fossas, os produtores podem reutilizar a água do esgoto”, afirma.

Segundo a secretaria de Agricultura de Itaobim, está sendo elaborado um projeto de captação de recursos em parceria com a Embrapa para a implantação de mais 200 fossas sépticas biodigestores no município a partir de 2017.


FONTE: EMATER-MG


Estudo mostra regeneração 2.197 KM² de remanescentes florestais da Mata Atlântica, em nove estados

Tânia Rêgo/Agência Brasil
Entre 1985 e 2015, 219.735 hectares (ha), ou o equivalente a 2.197 quilômetros quadrados de remanescentes florestais da Mata Atlântica, foram regenerados em nove dos 17 estados brasileiros que têm o bioma. A área corresponde a aproximadamente o tamanho da cidade de São Paulo, de acordo com dados divulgados hoje (17) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, que monitora a distribuição espacial do bioma, o estado do Paraná foi o estado que apresentou mais áreas regeneradas no período avaliado, num total de 75.612 ha, seguido por Minas Gerais (59.850 ha), Santa Catarina (24.964 ha), São Paulo (23.021 ha) e Mato Grosso do Sul (19.117 ha).

“O estudo analisa principalmente a regeneração sobre formações florestais que se apresentam em estágio inicial de vegetação nativa, ou áreas utilizadas anteriormente para pastagem e que hoje estão em estágio avançado de regeneração. Tal processo se deve tanto a causas naturais quanto induzidas, por meio do plantio de mudas de árvores nativas”, diz a SOS Mata Atlântica.

Segundo a entidade, nos últimos 30 anos, houve uma redução de 83% do desmatamento do bioma, com sete dos 17 estados onde há Mata Atlântica já apresentando nível de desmatamento zero. “Agora, o desafio é recuperar e restaurar as florestas nativas que perdemos. Embora o levantamento atual não assinale as causas da regeneração, ou seja, se ocorreu de forma natural ou através de iniciativas de restauração florestal, [o resultado] é um bom indicativo de que estamos no caminho certo”, disse a diretora-executiva da fundação, Marcia Hirota.

O pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE, Flávio Jorge Ponzoni, destacou que durante a avaliação de áreas replantadas pela Fundação SOS Mata Atlântica ao longo de anos, foram constatados outros locais onde está ocorrendo a regeneração. “Durante o monitoramento, constatou-se a existência de outras áreas ocupadas por comunidades de porte florestal em diversos estágios de regeneração, áreas essas que devem ser mapeadas e divulgadas em futuros estudos”.


FONTE: FAEMG


Investimentos da Codevasf no semiárido mineiro ultrapassaram os R$ 100 milhões em 2016

Acesso a água, inclusão produtiva, irrigação, revitalização da bacia do São Francisco, saneamento básico, recuperação de áreas degradadas. Os investimentos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na região Norte de Minas Gerais em 2016 chegaram a R$ 106 milhões, segundo o balanço feito por sua 1ª Superintendência Regional, sediada em Montes Claros.

“Aplicamos 99,93% do que havia sido previsto e ainda conseguimos fechar o ano com todos os compromissos financeiros quitados”, celebra o superintendente regional Rodrigo Rodrigues. “Executamos ações, projetos e programas especiais que visam ao desenvolvimento sustentável e que têm forte cunho social, notadamente no que se refere a apoiar o produtor familiar que convive com os efeitos de prolongadas estiagens”, observou.
As ações empreendidas pela Codevasf no semiárido mineiro em 2016 se distribuíram por áreas diversas. No que tange ao acesso a água, por exemplo, a Companhia perfurou e instalou 40 poços tubulares, construiu pequenas barragens e implantou 200 sistemas simplificados de abastecimento de água para atender famílias de comunidades rurais difusas.

Para fortalecer a produção agrícola familiar em áreas rurais castigadas pela seca, a Codevasf estruturou associações de produtores com tratores agrícolas, implementos, caminhões, pás carregadeiras, retroescavadeiras, tanques de resfriamento de leite e outros equipamentos. Além disso, ajudou a melhorar o escoamento da produção das famílias construindo pontes e pavimentando vias e acessos nas áreas rurais.

No que toca à inclusão produtiva e à economia criativa, os investimentos abrangeram os segmentos familiares da apicultura, piscicultura, produção de coco macaúba, cursos de corte e costura, instalação de telecentros e outras ações que visam a oferecer alternativas de trabalho e renda às comunidades rurais do semiárido mineiro.
“Em todas essas ações, destacou-se o aporte financeiro de emendas parlamentares destinadas à Codevasf no Orçamento Geral da União. Esses recursos foram o carro-chefe do atendimento às dezenas de comunidades beneficiadas”, observa a gerente de Gestão Estratégica da Codevasf em Minas, Felicidade Tupinambá, responsável pelo acompanhamento direto das aplicações de emendas parlamentares alocadas ao orçamento da Companhia.

Revitalização da bacia


Recebeu atenção especial da Codevasf no Norte de Minas em 2016, com aplicação de R$ 24,4 milhões, a revitalização da bacia hidrográfica do rio São Francisco, por meio da implantação de sistemas de saneamento básico e recuperação de áreas degradadas.

A produção agrícola irrigada contou com investimentos de R$ 10 milhões executados pela Codevasf nos perímetros públicos de Gorutuba, Pirapora, Jaíba e Lagoa Grande, os quais receberam obras e ações de melhoramento de suas infraestruturas de uso comum.

“A execução de praticamente todo o orçamento disponibilizado para ações de investimento no vale sanfranciscano mineiro é a afirmação de que a Codevasf tem cumprido seu papel de agente de desenvolvimento regional”, destaca Fernando Britto, chefe de gabinete da Codevasf em Minas.


FONTE: Codevasf