quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Parceria entre Sedinor/Idene e Instituto Espinhaço vai fortalecer ações ambientais no Norte e Nordeste de Minas Gerais


A Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Sedinor), e seu órgão operacional, o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene), firmaram parceria com o Instituto Espinhaço para potencializar programas e ações que promovam o desenvolvimento sustentável, a conservação da natureza e a valorização e proteção dos patrimônios naturais e culturais dos municípios da área de atuação do sistema Sedinor/Idene.

Em reunião nesta semana, ficou definido que será realizado um estudo para unir programas e ações do sistema Sedinor/Idene com projetos do Instituto Espinhaço. A ideia é promover à conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, em especial, a flora, a fauna, as águas, o solo, o ar, além de propor atividades que visem obter crescimento econômico, garantindo a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento social.

A parceria também irá estimular o uso adequado de recursos minerais e desenvolver ações para a conservação das paisagens e dos monumentos naturais existentes nas regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais.

Para o diretor de Captação, Qualificação e Inclusão Regional do Idene, Davidson Barbosa, o projeto promoverá melhorias das comunidades rurais de 28 municípios. “Por meio de capacitação, visitas técnicas, produção sustentável e principalmente do aproveitamento das potencialidades da região, vamos valorizar a riqueza local e promover o desenvolvimento”, disse.

Já o presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Cláudio, falou sobre a importância da parceria. “As ações que o sistema Sedinor/Idene vem articulando são fundamentais para as regiões mais necessitadas do estado de Minas Gerais. A ideia é que com a integração de esforços possamos otimizar gasto público e ter mais resultado, mudando a vida de quem mais precisa”, concluiu.

O Instituto Espinhaço já firmou parceria com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), para implantação do projeto “Plantando o Futuro”, que levará aos municípios da área de atuação do sistema Sedinor/Idene a integração das politicas públicas do Estado, com o objetivo de fortalecimento das ações com a integração dos projetos e planos para o território.

A ação irá contemplar as cidades de Alvorada de Minas, Augusto de Lima, Bocaiúva, Buenópolis, Carbonita, Carmesia, Couto Magalhães de Minas, Datas, Engenheiro Navarro, Felício dos Santos, Francisco Dumont, Itamarandiba, Joaquim Felício, Materlândia, Monjolos, Olhos D´Água, Presidente Juscelino, Presidente Kubitschek, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Santo Hipólito, São Gonçalo do Rio Preto, Senador Modestino Gonçalves, Senhora do Porto, Serra Azul de Minas e Serro.

Primeiro passo

Nos dias 2 e 3 de fevereiro, será realizado o workshop Sementes do Futuro, que contará com a participação de órgãos governamentais e entidades, e discutirá a propagação de espécies nativas e os novos cenários e oportunidades para o desenvolvimento dos territórios a partir da restauração de paisagens florestais, geração de conhecimento e economia criativa.


Fonte: SEDINOR

Emater-MG cadastra famílias para o Plano Brasil Sem Miséria em Claro dos Poções, Norte de Minas

MONTES CLAROS (30/01/2017) - A Emater-MG iniciou o cadastramento de famílias do município de Claro dos Poções, no Norte de Minas, que poderão ser beneficiadas pelo Plano Brasil Sem Miséria. Os técnicos da empresa visitaram duas comunidades para apresentar o programa e verificar quantas famílias estão aptas a aderirem ao Brasil Sem Miséria. Quarenta famílias do município devem ser beneficiadas.

O Brasil Sem Miséria é um programa do governo federal e tem como objetivo a inclusão social e produtiva de famílias que vivem em situação de extrema pobreza no país, com renda mensal per capita de até R$ 85,00. Com o programa, são repassados o valor de R$ 2.400,00 para cada família atendida por meio do cartão do Bolsa Família, para execução de pequenos projetos de fomento, como implantação de hortas e criação de pequenos animais. As famílias recebem toda a assistência técnica da Emater-MG para viabilizar acesso aos recursos financeiros e executar projetos produtivos.

Entre 2014 e 2016, foram atendidas cerca de 8 mil famílias. Em julho de 2016, foi assinado um termo de cooperação entre a Emater-MG, Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário, Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário para que mais 12 mil famílias sejam beneficiadas pelo Brasil Sem Miséria até 2018.

A coordenadora técnica da Emater-MG, Beatriz Cristina Ferreira, explica que o programa é direcionado apenas para as famílias mais carentes e o benefício é concedido apenas uma vez. "A proposta é que esse fomento seja um incentivo para os agricultores aumentarem a produção de alimentos, a geração de renda e os canais de comercialização", afirma.

Ela também destaca os critérios para se enquadrar no programa: ser registrado no Cadastro Único (CadÚnico), além da renda per capta de até R$ 85,00. A família também deve possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). "O fomento é depositado diretamente no cartão do Bolsa Família e somente os beneficiados têm acesso ao dinheiro", disse.

O extensionista da Emater-MG em Claros dos Poções, Manoel Cardozo, ressalta que governo federal disponibilizou para o município 40 cadastros no Brasil Sem Miséria. “A liberação do dinheiro para os cadastros aprovados pelo governo está prevista para o mês de junho", informou.

Paula Ariele Santos já recebeu a visita dos técnicos e está empolgada. Quando receber o benefício, ela pretende investir em avicultura e horticultura. "Estou esperançosa e sei que isso vai ser a oportunidade de aumentar a renda familiar", comenta.

"A expectativa é dar uma melhor condição de vida para a minha família e crescer nas atividades que já desenvolvo na minha propriedade", disse o agricultor Evangelino Ribeiro da Fonseca.

Mais beneficiados

A Unidade Regional da Emater em Montes Claros conta com 22 municípios no Norte de Minas. O cadastramento das famílias no Brasil Sem Miséria na regional teve início em agosto de 2016. Todos os municípios receberam a visita dos técnicos da Emater-MG, sendo Claro dos Poções o último. Somando todos os municípios, de acordo com a Unidade Regional da Emater-MG em Montes Claros, o número de famílias cadastradas é de 1.320.


Fonte: SEAPA

Pequi conquista chefs em receitas elaboradas

Na parede do restaurante mineiro Faz de Conta, uma placa alerta os clientes: “Você já sabe como comer pequi? Pergunte à atendente”. O aviso é válido e acompanha o arroz cozido com o pequi inteiro, um dos pratos fixos do cardápio diário. “A maioria serve só o arroz com o sabor do pequi, mas não arrisca comer o fruto inteiro. Quem faz isso é só quem tem bastante intimidade”, diz o proprietário Fernando Urbano. 

E domínio é justamente o que é preciso para quem ainda não desvendou a melhor maneira de apreciar o fruto. Típico de Goiás e da região do Cerrado de Minas Gerais, o pequi não se morde com os dentes. É preciso roer cuidadosamente toda a parte amarela, segurando com as mãos para não correr o risco de encontrar os espinhos que ficam entre a polpa e o caroço – e que, se mordidos, causam dor forte.

Para não correr o risco, outra maneira de consumir o pequi – e mais prática – é em lâminas já fatiadas, prontas para incrementar receitas, como o risoto do cerrado feito com o ingrediente e quiabo crocante, servido com linguiça mineira e peito de frango do Jockey Bar & Café. “A polpa já vem fatiada, em conserva, pronta para consumo. Antes de usá-lo, pré-cozinho para tirar o cheiro e amenizar o sabor forte, e conservo na geladeira. Depois, ele finaliza o risoto junto ao açafrão da terra, creme de cebola e caldo de legumes”, explicou o chef Bozó. 

Ainda, de acordo com ele, apesar da sazonalidade do fruto, a versão em conserva é sempre fácil de encontrar. Já Fernando Urbano, do Faz de Conta, aproveita a época de safra – entre dezembro e fevereiro – para estocar. “Retiramos a polpa e congelamos para ter o ano inteiro”, explicou. Com isso, além do arroz e o frango caipira com pequi, o restaurante garante outros preparos tradicionais com frango e criações mais inusitadas, como a caipirinha com mexerica, raspas da polpa cozida e licor artesanal, ambos feitos da iguaria.

A boa época do fruto também foi motivo para que o chef Gabriel Trillo, do restaurante Omília, criasse uma versão de sobremesa pela primeira vez. A polpa do pequi in natura é transformada em uma calda e misturada ao creme de leite fresco e vai para o sifão até virar uma espuma que acompanha o sorbet de manga Ubá e sablet de páprica. “Gosto de trabalhar com o pequi porque ele combina tanto com doce quanto com salgado. A manga é bem doce e o pequi, bem peculiar, e isso surpreende no paladar. Até as pessoas que não gostam dele, como eu, podem apreciar a sobremesa”, afiança.