terça-feira, 17 de março de 2015

Conclusão de sistemas de esgotamento em Minas melhora qualidade de vida de 50 mil pessoas

Mais de cinquenta mil pessoas dos municípios mineiros de Capitão Enéas, Lontra e São João da Ponte passam a ter melhor qualidade de vida com a conclusão das obras dos sistemas de esgotamento sanitário, uma ação que resulta de parceria entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). 

A Codevasf investiu cerca de R$ 21 milhões nos três sistemas e a Copasa aproximadamente R$ 2 milhões, tendo ficado também responsável pela execução das obras e operação dos sistemas concluídos. 

De acordo com Walter Vilela Cunha, da Copasa, o sistema de esgotamento de São João da Ponte já foi concluído e está em operação; o de Capitão Enéas está funcionando em pré-operação e o de Lontra será concluído neste mês de março. Os recursos são oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. 

Evando Gonçalves da Silva, prefeito de Lontra, afirma que aproximadamente 9 mil pessoas estão sendo beneficiadas em seu município com o sistema de esgotamento sanitário. Antes do sistema, conta ele, havia muito esgoto a céu aberto e a população jogava dejetos nas ruas. “Com o esgotamento, a vida da população melhorou muito. Foi um benefício muito grande porque tira os dejetos das ruas e acabam as fossas sépticas, que juntam muito mosquito no quintal. A saúde melhora muito”, afirma.

Benefícios para a população

O esgotamento sanitário traz uma série de benefícios, como a melhoria das condições sanitárias locais, a conservação dos recursos naturais e a eliminação de focos de poluição. Um sistema de esgotamento sanitário, com estações de tratamento, reduz os recursos aplicados no tratamento de doenças, uma vez que grande parte delas está relacionada à falta de uma solução adequada para esse problema.

Segundo explica o gerente de Empreendimentos Sócioambientais da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Fabrício Libano, a população será beneficiada com a descontaminação dos corpos hídricos, que antes recebiam o esgoto in natura e agora receberão o efluente tratado. Isso também contribui para a manutenção da quantidade de água no corpo hídrico da jusante do município. “Em termos de saúde, espera-se a redução de casos de doenças de veiculação hídrica, como a diarreia, por exemplo”, acrescenta o gerente.

Calhas dos rios

A construção de sistemas de esgotamento sanitário é executada no âmbito do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério da Integração Nacional e outros 14 ministérios, sendo a Codevasf uma das executoras das ações. 

A implantação dos sistemas atende populações que vivem em áreas carentes de saneamento básico, nas zonas urbanas de municípios que pertencem às bacias dos rios São Francisco e Parnaíba com população de até 50 mil habitantes, em sua maioria, e com prioridade para as localidades situadas na calha dos rios. 

As ações da Codevasf na área de implantação de sistemas de esgotamento sanitário objetivam a recuperação e a conservação hidroambiental da bacia. Ao mesmo tempo, reduzem o despejo de esgoto direto no rio, melhoram as condições sanitárias locais e contribuem para a conservação dos recursos naturais e a eliminação de focos de poluição.

Os reflexos dessas ações, em geral, aparecem no médio e longo prazos. Um sistema de esgotamento sanitário traz uma série de benefícios, como a redução de gastos com tratamento de doenças, uma vez que grande parte delas está relacionada à ausência de redes de esgoto sanitário ou de água adequadamente tratadas.

Além dos benefícios para a saúde pública, cada R$ 1 milhão investidos em obras de esgoto sanitário geram 30 empregos diretos e 20 indiretos, como também empregos permanentes quando o sistema entra na fase de operação.


Fonte: Codevasf

Pecuária de corte em bom momento

As exportações em alta e o consumo elevado no mercado interno são fatores que estão estimulando a pecuária de corte em Minas Gerais e no país. De acordo com a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), as expectativas para este ano são positivas. A possibilidade de abertura de novos mercados como os Estados Unidos e a oferta de bovinos limitada serão alguns dos fatores que sustentarão a arroba do boi gordo em patamares rentáveis.

"A conjuntura no início do ano não foi muito favorável para a carne bovina pela crise enfrentada na Rússia, que é um dos maiores importadores, mas a tendência é de reverter a situação com a abertura de novas frentes, como a África do Sul, que já autorizou os embarques, Estados Unidos e China. Outro fator de estímulo para o setor é a valorização do dólar", avalia o presidente da ABCZ, Luiz Carlos Paranhos.

O dirigente acredita que, mesmo com a alta da inflação e a economia instável no Brasil, o consumo de carne não deve sofrer impactos negativos, pelo fato de o produto estar inserido no cotidiano do brasileiro. "O país enfrenta uma crise econômica grave, mas o que a gente tem visto é que, quando a carne entra na dieta das pessoas, ela é um dos últimos itens a sair em período de crise. Está na cultura do brasileiro o churrasco, por isso, acredito que o mercado pode até ficar estável, mas não vai cair", avalia Paranhos.

Outro ponto que favorece o mercado da carne bovina é o ciclo atual da pecuária, isso porque nos últimos anos houve maior abate de matrizes no país, o que limita, no momento, o descarte de animais, inflando as cotações. "A oferta de bezerro e garrote para confinamento é muito pequena e os preços estão batendo recordes, chegando a R$ 1,2 mil por bezerro. Com isso, as áreas de cria e de engorda estão com preços valorizados, trazendo bons ganhos para os pecuaristas e propiciando condições de realização de investimentos", observa.

Biotecnologia

Na avaliação do representante da ABCZ, a pecuária de corte no país tem espaço para crescer, cenário sustentado através do ganho em produtividade e sem a necessidade de abertura de novas áreas. Nesse caso, a melhoria genética terá papel primordial, por isso, a entidade desenvolve e apoia vários projetos de biotecnologia.

Segundo dados da entidade, em 2014 foram processadas no país cerca de 8,5 milhões de toneladas de carne bovina e, desse volume, 7 milhões de toneladas ficaram no mercado interno e 1,5 milhão foi destinada ao exterior. No ano passado, o segmento movimentou cerca de US$ 5 bilhões.

Com a população mundial crescente, a projeção da ABCZ para 2042 é de que o país amplie a produção de carne para 17 milhões de toneladas ao ano, com o embarque de 8,5 milhões de toneladas e os 8,5 milhões restantes destinados ao consumo interno. Caso atinja a meta, o faturamento do setor será da ordem de US$ 28 bilhões.

"Somente com a melhoria genética do rebanho, tratos adequados e sanidade será possível ampliar significativamente a produção brasileira de carne sem abrir novas áreas. O consumo do brasileiro é muito alto em relação aos demais países, assim, acreditamos que não deve crescer muito mais. Para se ter ideia, a média de consumo no Brasil é de 40 quilos de carne por habitante ao ano", completa Paranhos.

Dentre os projetos para melhoria da genética está o PMGZ (Programa de Melhoramento Genético Zebuíno). Desenvolvido pela ABCZ, o programa avalia cerca de 3,6 mil rebanhos de todas as raças zebuínas em todo o país por meio provas zootécnicas. Os dados obtidos pelo PMGZ são utilizados para avaliações genéticas dos animais jovens e adultos e as informações disponibilizadas para o mercado. Devido ao processo, as informações genéticas são consistentes e atestam as performances dos rebanhos inscritos.

"O PMGZ é o principal foco da entidade. O melhoramento genético traz o aumento da produção de forma sustentável. Há 20 anos, um animal ficava pronto para o abate com quatro anos, e hoje conseguimos enviar o boi pronto com 2,5 anos, proporcionando economia de recursos naturais. Ainda é possível dobrar a produção nacional investindo em genética", atesta Paranhos.

Pró-genética

Outro programa que vem estimulando os investimentos de pequenos produtores é o Pró-genética. Criado pelo governo de Minas em parceria com empresas e entidades privadas, como a ABCZ, o programa oferece oportunidades para que produtores adquiram animais melhoradores para corte e leite.

"O Pró-genética também tem apoio da entidade, mas precisa ser mais divulgado para que o pequeno produtor saiba que é possível ter um animal de alta qualidade nas fazendas a preços acessíveis. Esses animais, além de favorecerem o aumento da produção e a redução dos custos, conseguem, em um ano, pagar o investimento", diz Paranhos.


Fonte: FAEMG


Valor Bruto da Produção agropecuária mineira alcança R$ 53,3 bilhões em janeiro

 
O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária mineira alcançou R$ 53,3 bilhões em janeiro, o que representa crescimento de 4,1% em relação ao obtido no ano passado que foi de R$ 51,2 bilhões. O VBP do setor agropecuário em Minas corresponde a 11,2% do valor gerado no país, que foi de R$ 477,5 bilhões. Os dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram analisados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

O VBP é o resultado da relação entre o volume da produção e a cotação média do produto. Segundo o assessor técnico da Seapa, Francisco Augusto Lara de Souza, as estimativas de produção são preliminares. “Os relatórios da produção agrícola de janeiro ainda não avaliaram completamente as perdas ocasionadas pela estiagem prolongada mas apresentam-se satisfatórias, tendo em vista as adversidades climáticas enfrentadas”, analisa.

Em janeiro, as culturas que registraram contribuições positivas foram: café (9,4%); batata (9,1%); soja (8,8%) e laranja (7,5%). As lavouras respondem por 57,2% do VBP agropecuário mineiro, totalizando R$ 30,5 bilhões. “O bom desempenho do café no VBP está associado aos preços médios pagos pela saca, superiores aos registrados no ano anterior”, analisa o assessor técnico.

A pecuária apresentou variação superior em relação ao setor agrícola. De acordo com o assessor técnico, enquanto o setor agrícola registrou crescimento de 3,7%, a pecuária aumentou 4,6% em relação ao ano passado. Os produtos pecuários que mais se destacaram foram: bovinos (13,9%); ovos (9,8%); suínos (3,8%) e frango (2,8%). O bom desempenho dos bovinos no VBP se deve ao crescimento de 13,2% no preço médio pago pela arroba.

Neste grupo, o leite foi o único produto que registrou variação negativa (-1,2%). “O baixo preço do litro pago ao produtor foi um dos fatores responsáveis pelo resultado”, explica o assessor Francisco de Souza. A pecuária responde por 42,8% do VBP agropecuário do estado e somam R$ 22,8 bilhões.

Números do VBP Agropecuário MG – Janeiro 2015
Valor total: R$ 53,3 bilhões (+ 4,1%)
Café: R$ 10,6 bilhões (+9,4%)
Soja: R$ 3,8 bilhões (+8,8%)
Batata: R$ 2,1 bilhões (+9,1%)
Banana: R$ 1,4 bilhão (+9,5%)
Laranja: R$ 1,3 bilhão (+7,5%)
Bovinos: R$ 6,3 bilhões (+13,9%)
Frangos: R$ 6,3 bilhões (+2,8%)
Suínos: R$ 1,7 bilhão (+3,8%)
Ovos: R$ 1,2 bilhão (+9,8%)


Fonte: SEAPA

Emater-MG orienta produtores a economizar água no Projeto Jaíba, no Norte de Minas


A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está presente no perímetro irrigado do Jaíba discutindo e orientando os produtores sobre a necessidade de um correto manejo de irrigação, com o objetivo de aumentar a economia de água. Segundo Ricardo Neri, gerente da Emater-MG no Projeto Jaíba, 1.385 produtores foram beneficiados pelas ações da empresa na região. A Emater-MG conta com uma equipe de 13 agrônomos e seis técnicas de Bem Estar Social para o atendimento aos agricultores.

“Com a agricultura irrigada á possível produzir mais, em uma mesma área, evitando desmatamento e abertura de novas fronteiras de produção e boa parte da água utilizada para irrigar as lavouras, retorna para o meio ambiente, sendo que uma parte é absolvida pela planta, outra infiltra no solo e vai alimentar o lençol freático, além disso a evapotranspiração da água, pela planta e pelo solo, se transforma em chuvas”, lembra Ricardo Neri, gerente da Emater-MG no Projeto Jaíba.

Em 2013 e 2014, três “Dias de Campo” foram realizados para orientar os produtores, com os temas: “Uso da Energia Elétrica e Água”, “Manejo de Irrigação” e “Programação do Painel de Automação e Manutenção Básica do Sistema de irrigação”. Os eventos foram organizados pela Emater-MG, em parceria com o Distrito de Irrigação do Jaíba e a Cemig. Foram beneficiados aproximadamente 120 agricultores por dia de campo.

Segundo Ricardo Neri, os agrônomos da Emater-MG estão orientando todos os agricultores familiares do perímetro Irrigado do Jaíba na utilização de sensores de solo, que informam o teor de umidade retida  e, com isso, é possível reduzir em até 20% a quantidade de água utilizada na irrigação. O gerente detalha outras orientações: “Nas visitas técnicas os agricultores estão recebendo orientações para economia de água na irrigação, através de: uso de informações de estações meteorológicas; uso de sensores para verificar a retenção de água no solo; adequação dos turnos de regas das culturas; e outras medidas para melhorar a eficiência dos sistemas de irrigação.”

O gerente da Emater-MG ressalta que a grave estiagem dos últimos meses aumentou a preocupação dos agricultores em relação ao desenvolvimento das lavouras, que em muitos casos só é possível com irrigação. “No Brasil, a agricultura irrigada ocupa 6,7% da área plantada e responde por 20% da produção de alimentos. Em Minas Gerais, a área com uso de irrigação é de 600 mil hectares”, informa Neri. Segundo Igor Paranho, extensionista da Emater-MG no Projeto Jaíba, “o manejo correto da irrigação é fundamental para que a captação de água seja realmente necessária para cada cultura.”

Uma das principais medidas adotadas para maior eficiência da Irrigação no perímetro irrigado do Projeto Jaíba foi a substituição parcial dos conjuntos de irrigação, por meio do Programa de Eficiência Energética, com recursos de R$ 18 milhões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A ação foi realizada em parceria entre Cemig, Distrito de Irrigação Jaíba e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).

“O Projeto Eficiência Energética na Agricultura Irrigada substituiu os sistemas de irrigações de 1.385 agricultores familiares de aspersão convencional pelos de aspersão fixa automatizada, microaspersão e gotejamento, tudo isso sem nenhum custo para os beneficiários. Em recente avaliação observou-se a redução dos custos de energia em média de 73% e dos custos com água em torno de 48%, com as instalações dos medidores de tarifas noturnas”, afirma o gerente da Emater-MG no Jaíba, Ricardo Neri. Foram disponibilizadas ainda pelo projeto cinco estações meteorológicas automatizadas para auxiliar os agricultores no manejo de irrigação.

De acordo com Ricardo Neri, o Projeto Eficiência Energética na Agricultura Irrigada foi realizado sem ônus para o agricultor familiar, tendo como objetivo geral melhorar a eficiência do uso da energia elétrica e água na prática da irrigação nos lotes agrícolas familiares. “Foram substituídos os equipamentos existentes, já desgastados pela ação do tempo (com mais de 17 anos de uso) ou considerados obsoletos para os tempos atuais em função das lavouras cultivadas atualmente e dos conceitos de sustentabilidade”, conclui o gerente da Emater-MG.


Fonte: Emater / MG