sexta-feira, 17 de julho de 2015

Núcleo de Geoprocessamento vai aprofundar análises técnicas do MPMG na área ambiental


O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) lançou, nessa quinta-feira, 25 de junho, o Núcleo de Geoprocessamento (Nugeo), que vai fornecer apoio técnico por meio de análises espaciais, interpretação e produção de mapas e documentação técnico-científica, com base em informações geográficas de áreas de importância ambiental estratégica e regiões de conflitos ambientais em Minas Gerais.

Desenvolvido durante dois anos em parceria com o Instituto Prístino, o Nugeo funciona junto ao Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais (Nucam), com interação também com o Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim) e com as coordenadorias regionais de Defesa do Meio Ambiente do MPMG.

O coordenador do Nucam, promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, aponta a implementação do Nugeo como um divisor de águas na atuação do MPMG na defesa do meio ambiente. Segundo ele, o sistema irá aprofundar e qualificar análises técnicas da instituição que subsidiam a adoção de medidas preventivas e resolutivas envolvendo as questões ambientais.

“Há dez anos na área de meio ambiente, considero esse o maior projeto dentro do Ministério Público. Todos sabem a importância da informação técnica qualificada para o atendimento às demandas crescentes e cotidianas. Com esse instrumento, ganhamos força na busca por atingirmos o desmatamento zero em Minas Gerais”, comemorou Carlos Eduardo.

Entre as ferramentas mais importantes utilizadas na gestão ambiental estão as geotecnologias representadas pelo Sistema de Informação Geográfica (SIG). São oferecidos produtos como o sensoriamento remoto aplicado ao planejamento ambiental; a análise de risco ambiental; o monitoramento de desmatamentos; a análise integrada de bacias hidrográficas; a criação de mapas temáticos; a análise ambiental estratégica; a análise integrada ambiental de empreendimentos, entre outros.

As aplicações vão desde a caracterização da topografia e identificação de áreas com necessidade de proteção, passando pelo levantamento de incongruências no uso da terra, até a localização de áreas onde ocorrem conflitos. Também são feitas análises de impacto ambiental e definição de zoneamentos.

A equipe do Nugeo é formada por geógrafos, biólogos, especialistas em cartografia e sensoriamento remoto, geoespeleólogos, engenheiros, entre outros profissionais.

O procurador-geral de Justiça, Carlos André Mariani Bittencourt, saudou a implementação do Nugeo, como demonstração do incremento na estrutura do MPMG nos últimos anos.

“Somos cientes de nossos gargalos, muitas vezes superados por soluções resultantes da criatividade, competência e experiência de nossos membros e servidores. Esse é um momento singular e de grande satisfação. Estamos evoluindo em busca do objetivo comum de dar respostas à sociedade”, disse.




FEAM lança Calculadora do Consumo de Água


A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) lançou a Calculadora do Consumo de Água. Como o próprio nome diz, trata-se de uma ferramenta para cálculo do consumo de água do cidadão.

Com o cenário de escassez hídrica e de restrição do uso de água no estado de Minas Gerais e a chegada do período seco, há a necessidade de criar mecanismos para a sensibilização e redução do consumo da água. O conceito “economizar água” é amplamente divulgado aos cidadãos.

Porém, é necessário que se conheça primeiramente as principais fontes de consumo, para que, posteriormente, sejam adotadas medidas de redução efetivas em cada domicílio.

Segundo o gerente de Produção Sustentável, Antônio Malard, o objetivo principal é proporcionar ao cidadão uma ferramenta para calcular o consumo de água em sua rotina diária e apresentar as possibilidades de redução de consumo, baseadas nas informações prestadas pelo usuário.

A ferramenta tem uma interface dinâmica e simplificada para atender qualquer tipo de usuário doméstico.

Para estimar os volumes diários, foram levantadas, em diversas áreas das residências, as vazões médias de torneiras, chuveiros, vasos sanitários, banheiras, máquinas de lavar, entre outros utensílios domésticos, baseadas em referências bibliográficas e testes empíricos, conforme explica o gerente.

O resultado é apresentado ao usuário numérica e graficamente (valor por área da residência e valor total), sendo também proporcionada uma comparação com os valores de consumo recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e as médias no Brasil e em Minas Gerais.

Por fim, o nível de consumo é enquadrado em uma das classes apresentadas abaixo e informado ações para redução do consumo. 



Acesse aqui a Calculadora do Consumo de Água.



Fonte: FEAM

Abertura do mercado russo poderá beneficiar Minas Gerais

Alisson J. Silva
 A abertura do mercado russo para o leite em pó brasileiro, anunciado ontem pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), será grande avanço para a cadeia leiteira do País. Minas Gerais, maior produtor nacional, também poderá ser beneficiado.
 
Ao todo, 11 empresas, que ainda não tiveram os nomes divulgados, serão autorizadas a exportar o produto. A abertura de novos mercados é um dos pilares do programa nacional de Melhoria da Competitividade do Setor Lácteo Brasileiro, que será realizado pelo governo federal. A expectativa é em três anos suprir cerca de 50% da demanda russa por leite em pó, queijos e manteiga.
 
Segundo nota enviada pelo Mapa, esta será a primeira vez que o Brasil venderá o produto à Rússia e a expectativa é atingir, no médio prazo, metade do mercado russo, que importa anualmente 630 mil toneladas de leite em pó, volume equivalente a US$ 1,2 bilhão. O interesse do governo brasileiro em relação ao mercado russo se deve ao país ser segundo maior comprador do produto do mundo, atrás apenas da China. As negociações começaram em fevereiro.
 
O leite em pó fará parte de protocolo de prelisting entre os dois países, o que significa que as empresas brasileiras poderão ser autorizadas a exportarem sem a necessidade de fiscalização antecipada, desde que atendam aos requisitos da legislação russa. A averiguação poderá ser feita quando autoridades da Rússia julgarem necessária.

Promissor
 
Conforme o presidente da Câmara Setorial de Leite do Mapa, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e diretor da FAEMG, Rodrigo Alvim, o mercado russo é promissor.
 
"Por ser o segundo maior importador de leite em pó do mundo, a Rússia pode proporcionar vários benefícios ao Brasil. Porém é preciso que o País tenha volume para exportar e também receba preços lucrativos. Não somos formadores de preços no mercado internacional, se os valores pagos pelo leite em pó forem suficientes para cobrir o custo, a indústria exportará muito", disse Alvim.
 
A possibilidade de ampliar as exportações de leite em pó pode trazer novo fôlego à atividade, estimulando desde a melhoria da qualidade até novos investimentos no parque industrial. A abertura de novos mercados, como o da Rússia, é um dos pilares para que o governo federal consiga implantar o programa nacional de Melhoria da Competitividade do Setor Lácteo Brasileiro.
 
"Exportar leite em pó para a Rússia é, sem dúvida, um grande avanço e muitas coisas podem acontecer a partir da abertura deste mercado. Poderemos nos tornar mais competitivos e pode haver mais injeções de recursos na cadeia produtiva, favorecendo desde o produtor até a indústria. Não tem como ampliar e melhorar a produção sem ter mercado para adquirir, por isso, acredito que demos grande passo e vamos conseguir atender a demanda do mercado interno e externo", avaliou Alvim.
 
A abertura das negociações com a Rússia também é uma chance para que o Brasil amplie, significativamente, as exportações de lácteos. Em 2014, de uma produção de 37 bilhões de litros, o Brasil exportou apenas 1%. No mesmo período, houve crescimento de 5% na produção, enquanto o consumo avançou apenas 3%.



Fonte: Faemg