terça-feira, 17 de março de 2015

Emater-MG orienta produtores a economizar água no Projeto Jaíba, no Norte de Minas


A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está presente no perímetro irrigado do Jaíba discutindo e orientando os produtores sobre a necessidade de um correto manejo de irrigação, com o objetivo de aumentar a economia de água. Segundo Ricardo Neri, gerente da Emater-MG no Projeto Jaíba, 1.385 produtores foram beneficiados pelas ações da empresa na região. A Emater-MG conta com uma equipe de 13 agrônomos e seis técnicas de Bem Estar Social para o atendimento aos agricultores.

“Com a agricultura irrigada á possível produzir mais, em uma mesma área, evitando desmatamento e abertura de novas fronteiras de produção e boa parte da água utilizada para irrigar as lavouras, retorna para o meio ambiente, sendo que uma parte é absolvida pela planta, outra infiltra no solo e vai alimentar o lençol freático, além disso a evapotranspiração da água, pela planta e pelo solo, se transforma em chuvas”, lembra Ricardo Neri, gerente da Emater-MG no Projeto Jaíba.

Em 2013 e 2014, três “Dias de Campo” foram realizados para orientar os produtores, com os temas: “Uso da Energia Elétrica e Água”, “Manejo de Irrigação” e “Programação do Painel de Automação e Manutenção Básica do Sistema de irrigação”. Os eventos foram organizados pela Emater-MG, em parceria com o Distrito de Irrigação do Jaíba e a Cemig. Foram beneficiados aproximadamente 120 agricultores por dia de campo.

Segundo Ricardo Neri, os agrônomos da Emater-MG estão orientando todos os agricultores familiares do perímetro Irrigado do Jaíba na utilização de sensores de solo, que informam o teor de umidade retida  e, com isso, é possível reduzir em até 20% a quantidade de água utilizada na irrigação. O gerente detalha outras orientações: “Nas visitas técnicas os agricultores estão recebendo orientações para economia de água na irrigação, através de: uso de informações de estações meteorológicas; uso de sensores para verificar a retenção de água no solo; adequação dos turnos de regas das culturas; e outras medidas para melhorar a eficiência dos sistemas de irrigação.”

O gerente da Emater-MG ressalta que a grave estiagem dos últimos meses aumentou a preocupação dos agricultores em relação ao desenvolvimento das lavouras, que em muitos casos só é possível com irrigação. “No Brasil, a agricultura irrigada ocupa 6,7% da área plantada e responde por 20% da produção de alimentos. Em Minas Gerais, a área com uso de irrigação é de 600 mil hectares”, informa Neri. Segundo Igor Paranho, extensionista da Emater-MG no Projeto Jaíba, “o manejo correto da irrigação é fundamental para que a captação de água seja realmente necessária para cada cultura.”

Uma das principais medidas adotadas para maior eficiência da Irrigação no perímetro irrigado do Projeto Jaíba foi a substituição parcial dos conjuntos de irrigação, por meio do Programa de Eficiência Energética, com recursos de R$ 18 milhões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A ação foi realizada em parceria entre Cemig, Distrito de Irrigação Jaíba e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).

“O Projeto Eficiência Energética na Agricultura Irrigada substituiu os sistemas de irrigações de 1.385 agricultores familiares de aspersão convencional pelos de aspersão fixa automatizada, microaspersão e gotejamento, tudo isso sem nenhum custo para os beneficiários. Em recente avaliação observou-se a redução dos custos de energia em média de 73% e dos custos com água em torno de 48%, com as instalações dos medidores de tarifas noturnas”, afirma o gerente da Emater-MG no Jaíba, Ricardo Neri. Foram disponibilizadas ainda pelo projeto cinco estações meteorológicas automatizadas para auxiliar os agricultores no manejo de irrigação.

De acordo com Ricardo Neri, o Projeto Eficiência Energética na Agricultura Irrigada foi realizado sem ônus para o agricultor familiar, tendo como objetivo geral melhorar a eficiência do uso da energia elétrica e água na prática da irrigação nos lotes agrícolas familiares. “Foram substituídos os equipamentos existentes, já desgastados pela ação do tempo (com mais de 17 anos de uso) ou considerados obsoletos para os tempos atuais em função das lavouras cultivadas atualmente e dos conceitos de sustentabilidade”, conclui o gerente da Emater-MG.


Fonte: Emater / MG


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