terça-feira, 1 de agosto de 2017

Produtor refloresta área degradada e recebe apoio de projeto internacional de sustentabilidade

O que era uma área de pastagem degradada, num terreno íngreme, virou uma floresta. Esta mudança aconteceu na fazenda Córrego do Choro, município de Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha.

O trabalho começou a ser desenvolvido pelo agricultor familiar Geraldo Soares Gomes, que viu no plantio de eucalipto para formação de florestas uma possibilidade de controlar a erosão do terreno e ainda conseguir uma nova fonte de renda. 

“O reflorestamento com eucalipto foi a solução encontrada pelo produtor para transformar uma encosta erosiva numa área produtiva. O local já não tinha condições nem de ser usado para o pasto”, explica o técnico da Emater-MG no município, Cristiano de Moura.  

O plantio dos eucaliptos foi feito uma área de quatro hectares, em 2011.  Após o cultivo, a Emater-MG deu todas as orientações para análise de solo e adubação.  A previsão é de que o corte das árvores para a venda de madeira comece daqui a dois anos. 

Além da área com floresta plantada, a propriedade do seu Geraldo também chama a atenção pela diversificação.  Ao todo, a fazenda tem 34 hectares, onde há cultivo de hortaliças,  abacaxi e banana, além da criação de gado de leite.  A trabalho de reflorestamento pelo produtor fez com que a fazenda fosse aprovada no projeto internacional Rural Sustentável. Com isso, ele recebeu R$ 20 mil que serão usados em novas ações na propriedade. 
 “A proposta agora é implantar um sistema de irrigação nas áreas dedicadas à produção de frutas e hortaliças. Serão sistemas por gotejamento e microaspersão, com assistência da Emater-MG”, explica Cristiano de Moura.

A fazenda Córrego do Choro já é reconhecida na comunidade como referência na produção diversificada. E, em breve, serão realizados dias de campo para que outros produtores da região possam conhecer as melhorias feitas na propriedade e usem as medidas tomadas pelo seu Geraldo como exemplo. 

O projeto Rural Sustentável tem o objetivo de incentivar práticas de uso da terra e manejo florestal pelos produtores nos biomas da Amazônia e da Mata Atlântica. A ideia é promover o desenvolvimento sustentável, reduzir a pobreza, incentivar a conservação da biodiversidade e a proteção do clima.  Os recursos do projeto são doados pelo governo do Reino Unido, para execução pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e tem como beneficiário o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Os planos na fazenda Córrego do Choro não param por aí. Com o bom retorno esperado com o cultivo do eucalipto, o produtor, junto com os filhos, pensa em investir no plantio de mogno, numa  área inferior a quatro hectares. Um dos filhos, Reginaldo Gomes, já está pesquisando o preço de  mudas para inciar o plantio irrigado. 

“Este recurso do projeto ajuda demais, porque muitas vezes precisamos de um apoio financeiro  para conseguir desenvolver alguma coisa melhor. Além do plantio do mogno que estamos pensando em fazer, o dinheiro também vai ajudar na adubação do terreno onde está o eucalipto. A gente não pode largar. Tem que manter o terreno em boas condições”, afirma Reginaldo. 

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