quarta-feira, 12 de junho de 2013

Pesquisa avalia desempenho do cavalo Quarto de Milha

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) iniciou uma pesquisa inédita que tem como objetivo avaliar as medidas morfológicas – como comprimento e altura – do cavalo Quarto de Milha e o desempenho do animal em competições e no trabalho de campo. O estudo, que é desenvolvido por intermédio dos cursos de graduação e de mestrado em Zootecnia (campus Janaúba), vai mais além: com a comparação do Quarto de Milha com o desempenho dos animais da raça Mangalarga Marchador.


                                     Alunos que integram o projeto durante medição dos animais.

Animais mostrados na 32ª Exposição Agropecuária de Janaúba, que teve início no  dia 29 de maio e se estendeu até 9 de junho, foram avaliados para efeitos da pesquisa, denominada “Estudo das Medidas Morfométricas e sua relação com o desempenho em vaquejadas de cavalos da raça Quarto de Milha e seus Cruzamentos”. A coordenação é da professora Maria Dulcinéia Costa com participação de 10 alunos e mestrandos em Zootecnia.

“A pesquisa tem como objetivo caracterizar o cavalo Quarto de Milha e seus cruzamentos quanto à morfometria, isto é, suas medidas de altura, comprimento, perímetro e angulação das articulações”, explica a professora. Ela salienta que será verificada, ainda, a relação entre as medidas do animal e seu desempenho em provas de vaquejada e team penning e no trabalho de campo propriamente dito.

Duas etapas

O projeto de pesquisa foi dividido em duas etapas. Na primeira, foram coletadas as medidas morfológicas de 100 cavalos da raça Quarto de Milha (puros e mestiços) que participaram de uma prova de vaquejada em Verdelândia, município próximo a Janaúba. Ao todo, foram mensuradas 40 “regiões zootécnicas” dos animais, tais como garupa, lombo, comprimento do pescoço, cabeça e dos membros anteriores e posteriores.

Conforme explica a professora Maria Dulcineia Costa, os animais da vaquejada foram divididos em dois grupos e classificados em “esteira” (desempenha a função de acompanhar o boi para que ele não desvie da roda da pista) e “puxador” (que dá apoio para que o competidor derrube o animal dentro da faixa determinada pelo esporte).

Na segunda etapa, durante a 32ª Exposição Agropecuária de Janaúba, foram avaliados 100 animais da raça Mangalarga Marchador, com a coleta de informações sobre as mesmas “regiões zootécnicas”. Na seqüência, será feita a comparação entre as duas raças.

Estatísticas

“Após a coleta das informações serão feitas as análises estatísticas para se determinar a associação entre as medidas morfométricas e o desempenho dos animais na pista, bem como as diferenças fenotípicas entre os animais Quarto de Milha e Mangalarga Marchador”, pontua Maria Dulcinéia.

A coordenadora do estudo lembra que existe discussão sobre as diferenças entre os cavalos Mangalarga Marchador e Quarto de Milha e, com a pesquisa, serão confrontadas as mensurações dos animais. “O que se pretende com esse trabalho é confirmar ou não essas diferenças tanto morfométricas quanto de angulação entre as duas raças e verificar a associação entre as regiões zootécnicas e o desempenho do animal nas provas”, concluiu a professora.

O projeto dos alunos e mestrandos em Zootecnia será importante para orientar os criadores na escolha dos animais, a partir destas mensurações, adequando-o à sua melhor funcionalidade.


Fonte: Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes


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