sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Adoção do sorgo na dieta dos brasileiros é tema de simpósio


O sorgo é um cereal rico em proteína e minerais. No Brasil, é amplamente utilizado na alimentação animal. A população ainda não tem entre seus hábitos de consumo produtos derivados do sorgo, mas resultados de pesquisa podem reverter esse quadro. Estudos demonstram que o cereal tem alta concentração de antocianina, uma substância encontrada em poucos alimentos e que apresenta elevada atividade antioxidante.

Um importante diferencial do sorgo é a ausência de glúten. Por isso, sua farinha pode ser usada na dieta de pessoas portadoras de doença celíaca. Para pessoas com diabetes, o sorgo apresenta outra vantagem, pois produtos feitos com a farinha de cultivares com tanino são digeridos mais lentamente, o que contribui para um período maior de saciedade em comparação com outros cereais.

A Embrapa tem realizado testes sensoriais para saber a opinião de potenciais consumidores sobre produtos que têm como matéria-prima o sorgo. Barras de cereais, pipoca, biscoitos e bolos apresentam potencial para serem usados diariamente. A farinha de sorgo, após passar por um processo de extrusão, pode ser usada também como cereal matinal.

Para avaliar o processo e os potenciais impactos da inserção e adoção do uso do sorgo na alimentação humana no Brasil, será realizado em Sete Lagoas-MG um simpósio que reunirá pesquisadores, professores, produtores e representantes do setor agroindustrial. O evento ocorre de 29 a 31 de outubro na Embrapa Milho e Sorgo e tem os seguintes objetivos:

- Analisar os aspectos estratégicos, econômicos, tecnológicos e sociais da utilização dos grãos de sorgo na alimentação humana no Brasil;

- Integrar os principais atores do processo ligados à pesquisa, produção, comercialização e utilização dos grãos de sorgo como pesquisadores, estudantes, produtores de sementes e de grãos, empresários de indústrias de alimentos e comerciantes de produtos sem glúten;

- Discutir os principais resultados alcançados nos trabalhos realizados no tema até o momento;

- Avaliar os desafios relacionados à logística para adoção da prática e propor melhorias para o atual sistema;

- Analisar estratégias para garantir a disponibilidade do cereal no mercado, para uso na alimentação humana;

- Definir grupos de estudos para dar continuidade aos próximos trabalhos;

- Gerar e publicar um documento orientador, com base científica, baseado nos resultados do evento.




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