sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Novas tecnologias reforçam o atendimento de urgência no Norte de Minas

Projetos Ecos dos Gerais e Minas Telecárdio darão mais agilidade ao diagnóstico de ultrassonografia e eletrocardiograma

                                                                                                                              Jerúsia Arruda/SES-MG
As tecnologias ajudam no atendimento à população

A incorporação de novas tecnologias aos serviços de saúde prestados na rede de Urgência e Emergência do Norte de Minas, através dos projetos Ecos dos Gerais e Minas Telecárdio, está redimensionando o diagnóstico e atendimento na região, principalmente de pacientes em situação crítica de saúde. Com o projeto Ecos dos Gerais, todas as portas de entrada de urgência e emergência dos municípios de Montes Claros, Brasília de Minas, Pirapora, Taiobeiras e Janaúba, unidades atenção primária do município de Manga e unidades de suporte avançado do SAMU Macro Norte estão recebendo a ultrassonografia point-of-care, que vai permitir que o médico, mesmo não sendo especialista, realize exame de ultrassom emergencial à distância e, em tempo real, se comunique com profissionais de uma central que realizarão um diagnóstico mais seguro e indicarão, de forma rápida e compartilhada, o melhor tratamento do paciente.

O Ecos dos Gerais, lançado pioneiramente no Norte de Minas em junho de 2012, é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e o grupo World Interactive Network Focused on Critical Ultrasound (Winfocus) e tem como objetivo estabelecer um sistema de telemedicina para apoiar as áreas rurais, unidades móveis de saúde e a rede hospitalar. O método da ultrassonografia point-of-care, criado pelo grupo de médicos do Winfocus, utiliza a mesma tecnologia de transmissão de imagens utilizada pela NASA, e está sendo empregado em caráter inédito no Brasil pelo Governo de Minas, envolvendo a capacitação de 200 médicos que atuam em hospitais, unidades básicas de saúde e no Serviço Móvel de Urgência e Emergência da região Norte de Estado.  O projeto envolve investimento aproximado de R$ 6 milhões e, até o final deste ano, terá instalado 30 equipamentos nas unidades de saúde dos municípios contemplados.

Já o projeto Minas Telecárdio está acompanhando, desde o mês de junho de 2013, pacientes com suspeita ou diagnóstico de doenças cardiovasculares atendidos pelas unidades do SAMU e nas portas de entrada de urgência e emergência de Montes Claros, com objetivo de implantar e avaliar a linha de cuidados do infarto agudo do miocárdio (IAM) no Norte de Minas.

Desenvolvido pela SES-MG, em parceria com a Rede de Teleassistência de Minas Gerais, com o Minas Telecárdio serão instalados um tablet e um aparelho de eletrocardiograma (ECG) digital em cada ambulância do SAMU e nas portas de entrada dos hospitais para funcionamento do serviço de telecardiologia da região. Utilizando métodos de telemedicina, a imagem do ECG será enviada à Central de Regulação do SAMU para avaliação e orientação quanto à conduta apropriada.

Desde o mês de junho, a equipe do projeto, que também inclui acadêmicos de medicina de faculdades de Montes Claros, está registrando todos os pacientes com quadro de IAM atendidos nas unidades de emergência do SAMU e nas portas e entrada de urgência e emergência, desde o início dos sintomas e chamado ou procura pelo atendimento até o desfecho de cada caso, incluindo o registro dos procedimentos realizados, duração da internação, presença de complicações, e óbito, quando for o caso. Durante esse período, o trabalho da equipe técnica e clínica recebe suporte, treinamento e acompanhamento pela Rede de Teleassistência de Minas Gerais.

O coordenador médico do SAMU Macro Norte, Enius Freire Versiani, diz que a expectativa é reduzir sensivelmente a morbidade e mortalidade por doenças cardíacas na região. “Essas doenças respondem por um terço dos chamados para casos clínicos registrados pela Central de Regulação do SAMU e o Minas Telecárdio vai dar mais agilidade ao atendimento. Já a ultrassonografia point-of-care vai dar mais precisão ao diagnóstico e os pacientes serão encaminhados para o local mais adequado, que é a lógica da Rede, evitando a sobrecarga dos hospitais de maior porte”, ressalta o médico. A previsão é que os projetos estejam funcionando efetivamente no início de 2014.


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