quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Sedru insere a Unimontes na discussão de políticas públicas de desenvolvimento regional

(foto: Alex Sezko)
A Secretaria de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru) será interlocutora junto ao Governo do Estado para que a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) esteja inserida em projetos permanentes para a elaboração das políticas públicas em Minas Gerais. Dentre os temas previamente definidos para esta ação conjunta estão: controle e tratamento dos resíduos sólidos, desenvolvimento sustentável, acesso ao saneamento básico, uso de solo e a adoção de planos diretores.

A proposta foi apresentada pelo próprio secretário da Sedru, Luiz Tadeu Martins Leite, em visita ao campus-sede da Unimontes ao final da tarde dessa sexta-feira (23/01). Em encontro com o reitor João dos Reis Canela, ele ressaltou que o novo Governo do Estado reconhece a importância estratégica da Universidade, de forma que a instituição faça parte das discussões de análise e diagnóstico das ações estruturantes para o Norte de Minas.

CONTRIBUIÇÕES

"Para o governador Fernando Pimentel, a Unimontes é imprescindível neste contexto: de contribuir para a melhoria da qualidade de vida com ações de desenvolvimento da região norte-mineira. E nunca é demais dizer que a Unimontes não tem bandeira partidária”, disse Tadeu Martins.

O secretário da Sedru lembrou, ainda, que está em tramitação o projeto de lei complementar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que propõe a criação da Região de Metropolitana de Montes Claros, que seria a terceira no Estado (já existem as de Belo Horizonte e de Ipatinga). “Se visualizarmos a aprovação desta proposta, como geradora de conhecimento a Unimontes estará inserida nas discussões acerca do projeto de lei, a começar pelas análises técnicas e os diagnósticos da viabilidade de desenvolvimento da região no entorno de Montes Claros em todos os aspectos”, finalizou.

O reitor da Unimontes, professor João Canela, reforçou o compromisso que a instituição tem com o desenvolvimento regional, sobretudo com este aval da Sedru. “Todas as parcerias são bem vindas e reiteramos a nossa disposição como Universidade de integração regional em ser agente nas transformações em benefício para o Norte de Minas”, pontuou. Ele esteve acompanhado pelos pró-reitores (Ensino, Extensão, Pesquisa, Pós-Graduação e Planejamento, Gestão de Finanças), diretores do Hospital Universitário Clemente de Faria e da área de Tecnologia da Informação (DTI).


Fonte: Unimontes

Secretário e deputado apresentam proposta para fortalecer universidades estaduais

(foto: Ascom Unimontes)

O Governo do Estado, as representações legislativas em níveis estadual e federal e as Universidades trabalharão em conjunto para acelerar o processo de consolidação do sistema mineiro de instituições públicas de ensino superior. Nele, estão inseridas a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).


A proposta neste sentido foi apresentada na tarde desta sexta-feira (16/01), em reunião no campus-sede do reitor da Unimontes João dos Reis Canela e pró-reitores com o secretário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas (Sedinor), deputado Paulo Guedes, e o deputado federal Wadson Ribeiro – e assessores.

Para alinhar demandas nas áreas de inovação, financiamentos, pós-graduação e auxílio estudantil, dentre outros pontos, a sugestão é para que sejam realizados entre janeiro e março encontros técnicos entre as universidades, deputados e representantes do Estado e, em seguida, audiências com o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Correa, e com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo.
 
DIÁLOGO PLENO

“Desde então, vamos fomentar o diálogo pleno com as universidades, em especial a Unimontes, para o fortalecimento e ampliação das parcerias e convênios”, pontuou o secretário Paulo Guedes, que prevê também a necessidade de fortalecimento dos campi avançados em cidades da área de abrangência de sua secretaria, no Norte de Minas e Vales do Jequitinhonha e do Mucuri. “A sintonia precisa ser permanente para novos avanços”, completou.

O deputado federal Wadson Ribeiro ressaltou que, diante dos avanços alcançados pela Unimontes nos últimos anos, é indispensável uma maior sustentação e amparo ao projeto de crescimento da Universidade no ensino, pesquisa e na extensão. “Esta proposta de trabalho coletivo é prioridade para que as universidades estejam próximas da autonomia. Isto permitirá a ascensão definitiva da Unimontes, que já possui um prestígio considerável nos organismos de fomento como a própria Sectes, CNPq, FINEP, Capes e o ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação”, ressaltou.

O reitor João Canela esteve acompanhado por pró-reitores e integrantes da gestão durante a reunião e disse que a proposta apresentada pelas lideranças dará maior visibilidade à importância da Unimontes no contexto regional, com influência determinante em praticamente todos os setores sociais e econômicos. “Estamos inteiramente à disposição para reforçar todo e qualquer projeto que estimule as melhorias da política estadual de ensino superior”.
 

Fonte: Unimontes

Unimontes e Secretaria Municipal de Agricultura estudam parceria para cursos de extensão na zona rural

(foto: Léia Oliveira/Unimontes)

O município de Montes Claros pretende formalizar parceria com a Unimontes para a oferta de cursos de extensão nas comunidades rurais. Nas próximas semanas, a prefeitura pretende realizar um diagnóstico sobre a demanda e as áreas técnicas de interesse do público-alvo para as atividades extensionistas. O assunto discutido no início da tarde desta sexta-feira (23/01), em encontro do reitor da Universidade Estadual de Montes Claros, professor João dos Reis Canela, com o secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente e Agricultura, Ildeu Maia.

“Toda proposta que visa contribuir ainda mais com a formação educativa e social, principalmente dos jovens cidadãos é de interesse de nossa Universidade”, pontuou o reitor. “A proposta é identificar a quantidade de jovens nessas áreas rurais, suas necessidades e demandas para, a partir daí, verificar a possibilidade de ofertar os cursos de extensão que a Unimontes já desenvolve”, acrescentou o professor João Canela.

Durante a audiência, o secretário destacou a importância da Unimontes no desenvolvimento da região do Norte de Minas e elogiou a atual gestão frente aos desafios enfrentados pela instituição. “Reconhecemos o trabalho de superação que o professor João Canela teve em sua primeira gestão e, neste momento, valorizamos a sua disposição para manter a Unimontes como referência e motivo de orgulho dos norte-mineiros”, pontuou Ildeu Maia, que também é vereador em Montes Claros.

Segundo ele, os jovens das áreas rurais de Montes Claros ainda são carentes de incentivos. “Entendemos que a Unimontes, apoiadora do município em outras iniciativas, poderá nos apoiar ainda mais com a oferta destes cursos de extensão”, disse o secretário.


Fonte: Unimontes

Estiagem cobra a fatura

Ao atingir R$ 44,7 bilhões em 2014, o VBP (Valor Bruto da Produção) da agropecuária de Minas Gerais apresentou crescimento modesto de 0,9%, na comparação com o montante obtido em 2013 (R$ 44,3 bilhões). O indicador resulta da relação entre o volume produzido e a cotação média de cada um dos itens do campo e é apurado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). O VBP de Minas respondeu por 9,6% da cifra no Brasil, de R$ 463,9 bilhões.
 
A dura estiagem foi o principal ingrediente que sacrificou o desempenho do estado no ano passado, segundo João Ricardo Albanez, superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Houve reduções na produção das principais culturas de Minas, como milho, soja, café e cana-de-açúcar. “A seca que atingiu o estado afetou culturas que têm um peso expressivo sobre o cálculo do valor da produção agrícola”, destaca.
 
No entanto, algumas culturas registraram contribuições positivas: trigo (34,9%); tomate (22,5%); café (16,8%); algodão em caroço (12%); laranja (8%) e mandioca (3,6%). Na composição do VBP em 2014, a pecuária teve maior evolução frente ao setor agrícola. De acordo com o superintendente da Seapa, ao passo que a receita do setor agrícola registrou crescimento de 0,2%, a pecuária apurou 2,1% mais no ano passado. Os produtos pecuários que mais se destacaram foram leite (12%), bovinos (2,5%) e ovos (7,8%).
 
A apuração do VBP ficou concentrada por vários anos no resultado da produção agrícola. Em 2014, os dados da pecuária foram incorporados ao cálculo, constituindo, dessa forma, o VBP agropecuário. O novo cálculo evidencia a importância do segmento no agronegócio mineiro e brasileiro, de acordo com o secretário de estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho.
 
“Em Minas, a pecuária é responsável por 36,7% (R$ 16,40 bilhões) do Valor Bruto da Produção agropecuário. Isso é fruto da expressividade do setor”, afirma o secretário. O estado tem a principal bacia leiteira do Brasil, o segundo rebanho efetivo de bovinos, o quarto plantel de suínos, o quinto plantel de frangos e, em relação à produção de ovos, ocupamos a terceira posição.
 
Em relação ao VBP da pecuária neste ano, a perspectiva é favorável em decorrência da melhoria dos preços de bovinos, ante a escassez da oferta da carne. “A redução da oferta é consequência direta do aumento do abate de matrizes bovinas nos últimos anos, aliada à forte estiagem, que prejudicou as pastagens nas principais regiões produtoras”, diz Reis Filho. Para a produção agrícola, o cenário é incerto para 2015, diante das interferências climáticas na definição da produtividade das lavouras do estado. Até o momento, as estimativas de produção estavam baseadas em condições climáticas mais favoráveis.



Exportações do agronegócio mineiro registram crescimento de 10,2% em 2014


A receita das exportações mineiras do agronegócio, em 2014, somaram U$ 8,1 bilhões, valor 10,2% superior ao registrado no ano anterior. A cifra alcançada pelas vendas externas equivale a 27,6% do total das exportações estaduais, que somaram US$ 29,3 bilhões. A informação é da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) com base em dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


Destacam-se os resultados obtidos com a comercialização externa do café, que somou US$ 4,1 bilhões, indicando aumento de 32,6% em relação ao registrado em 2013. O volume embarcado de café teve uma variação positiva de 12,2%, alcançando 21,1 milhões de sacas. O café comercializado para o mercado externo foi o segundo maior volume na história da cafeicultura do Estado, representando 50,8% da pauta das exportações do agronegócio de Minas, superando os 42,2% do ano de 2013.

Segundo o Superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, o café volta a ser o responsável por mais de 50% da pauta do agronegócio. “Para este ano, caso se confirmem as previsões iniciais, a safra mineira deve ser próxima à de 2014, que foi de 22,6 milhões de sacas. Neste caso, o estoque de passagem chega com menor expressão, o que pode contribuir para manter os preços em patamares semelhantes aos de 2014”, analisa.
O setor do sucroalcooleiro, segundo produto da pauta de exportação do agronegócio mineiro, contribuiu com US$0,97 bilhão, representando 12,3% do total exportado pelo agronegócio. 

No entanto, o setor sofreu redução de 2,2% na receita e queda de 4,1% na quantidade. “Os estoques mundiais de passagem de açúcar dos últimos três anos estão na casa dos 42 milhões de toneladas, que representam 25% do consumo mundial. A estimativa de redução de 1,5% da produção mundial não é suficiente para uma previsão otimista para 2015”, avalia o Superintendente da Seapa.

A colheita de soja no Brasil (94 milhões de toneladas) e dos EUA (107 milhões) foi recorde o que ampliou os estoques mundiais. A China, uma das principais compradoras desta oleaginosa, retraiu suas compras e importou um volume menor da soja produzida no estado no ano passado (-12%).

As carnes (bovino, suíno, frango e peru) superaram o complexo soja no ano de 2014, ocupando a terceira posição com 11,7% da pauta, enquanto os produtos do complexo soja ficaram em quarto lugar com 10,4%. A exportação de carne bovina apresentou uma receita 3,6% superior (US$446 milhões) em 2014. Foram embarcados 89,8 milhões de toneladas. Os principais importadores da carne mineira foram Hong Kong (31%), Rússia (12%), Egito (11%) e Irã (5%), totalizando 60% do destino das exportações de carne bovina.

Neste ano Hong Kong superou o mercado Russo. Em 2013 a Rússia era o nosso principal cliente com 37% das importações. De acordo com o Secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho, em decorrência de negociações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com o governo chinês, foi ampliada a oportunidade de expansão do comércio das carnes com esse país. Recentemente, o representante do governo chinês se comprometeu em agilizar o processo de normalização das certificações para exportações brasileiras, o que pode favorecer as exportações para a carne mineira.