terça-feira, 17 de maio de 2016

Unimontes analisa bactéria multirresistente em casos de infecções


Foto: Christiano Jilvan Ascom | Unimontes
Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde (IRAS) são objeto de uma pesquisa desenvolvida no âmbito do programa de mestrado em Biotecnologia, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Com foco no “Acinetobacter baumannii”, micro-organismo de baixa virulência, mas com grande tendência a multirresistência às drogas que acomete pacientes hospitalizados que se encontram imunocomprometidos e/ou multi-invadidos por dispositivos e procedimentos terapêuticos, o estudo é de autoria da professora Adriana Amaral Carvalho.

A partir da pesquisa foi elaborado um artigo científico, selecionado para publicação no periódico internacional “Genetics and Molecular Research” – GMR –  organizado pela Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto (Funpec-RP). O título do trabalho é “Caracterização e Epidemiologia Molecular de Isolados Nosocomiais de Acinetobacter spp. Extensivamente Resistente a Drogas”.

“A dissertação evidencia uma situação de extrema gravidade em nível global: a questão das IRAS por Acinetobacter baumannii multirresistente; e sinaliza a necessidade de medidas de intervenção urgentes e efetivas nos níveis local, regional, nacional e global para enfrentamento do problema”, avalia a autora.

Médica graduada pela UFMG, docente do Departamento de Saúde da Mulher e da Criança da Unimontes, a pesquisadora considera a questão abordada como “de grande relevância social”. Além disso, destaca que o estudo e a titulação que acaba de obter no mestrado em Biotecnologia representam uma grande conquista pessoal: “o mestrado me permitiu a ampliação do conhecimento sobre o tema, especialmente nas áreas de Microbiologia, Biologia Molecular e Infectologia, além de experimentar técnicas e práticas laboratoriais não habituais na minha rotina profissional”, enfatiza.

Adriana foi orientada pela professora doutora Alessandra Rejane Ericsson de Oliveira, que enaltece a relevância do trabalho de pesquisa. “Esta dissertação foi de grande importância para conhecimento do perfil de resistência a drogas do A. baumannii e a epidemiologia molecular no Hospital onde o trabalho foi realizado. Os resultados obtidos poderão servir de linha de base para a tomada de decisão a respeito de IRAS no local”.

Sobre o Mestrado

O Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia/Unimontes foi implantado em 2011, com o objetivo de qualificar profissionais no desenvolvimento de atividades técnicas e científicas para a geração de produtos e processos inovadores. Outros objetivos são a criação de empresas de base tecnológica e a capacitação de docentes de nível superior.

O caráter multidisciplinar é um dos diferenciais do curso, com a participação de graduados nas áreas de Biologia, Farmácia, Biomedicina, Medicina, Enfermagem, Medicina Veterinária, Engenharia de Alimentos, Ciências da Computação, Agronomia, Engenharia Ambiental, Engenharia Química, Engenharia Elétrica, Direito e Administração.

A orientadora destaca que o mestrado em Biotecnologia apresenta resultados expressivos na formação de recursos humanos para a Universidade. “Não somente professores têm buscado a continuidade dos estudos ao ingressar no Mestrado, mas também técnico-administrativos, que vislumbram na Biotecnologia um promissor mercado de trabalho”, observa Alessandra.

Por sua vez, o pró-reitor de Pós-Graduação da Unimontes, professor Hercílio Martelli Júnior destaca a importância da formação de docentes e técnicos com título superior por programas próprios ou externos à Universidade. “Este é um fator que alavanca o pensar científico alargando as fronteiras do conhecimento e de sua produção”, considera o pró-reitor.

A opinião é compartilhada pela coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Unimontes, professora Vanessa Andrade Royo. “O programa cumpre o objetivo de formação de recursos humanos não somente para a Unimontes, mas também para outras instituições de ensino superior e diferentes setores como o industrial”, conclui o professor Hercílio.


Fonte: Sectes


Norte mineiro cobra pesquisa em gramíneas transgênicas para o semiárido

Produtores rurais do norte de Minas aguardam, há quase uma década, o início de pesquisa prometida pela Epamig para o desenvolvimento de forragens e gramíneas resistentes à seca. Segundo o vice-presidente do SISTEMA FAEMG e presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Montes Claros, Ricardo Laughton, há mais de oito anos, o Sindicato cedeu terreno à Epamig para implantação da Fazenda Experimental, já em plena atividade. Como contrapartida, solicitou a priorização de pesquisa em transgenia para gramíneas mais resistentes, dando novo fôlego à pecuária extensiva, principal atividade do agronegócio no semiárido mineiro.
 
“Este trabalho ainda não foi iniciado e é o grande sonho dos produtores rurais da região. Não há outra alternativa, não adianta trazer mudas diferentes de diversas partes do mundo”. Ricardo Laughton lembra ainda que Minas e o Brasil têm avançado muito na área de transgenia, com grande sucesso na produção de soja, milho, feijão, e outros produtos: “Mas não há nenhum trabalho com gramíneas. Fizemos um estudo e sabemos que essa tecnologia tão necessária é absolutamente viável”.
 
Segundo o estudo, feito pela Fundetec (Fundação de Desenvolvimento Tecnológico e Científico da Agropecuária Norte Mineira), o desenvolvimento de uma gramínea transgênica de boa produtividade e alta resistência à seca, poderia ser obtido com a transferência dos genes de resistência à seca do capim búfalo (Cenchrus ciliares) para o já consagrado braquiarão (Brachiaria brizantha). O capim búfalo sobrevive com precipitação de 300 a 400 mm ao ano, mas exige solos muito férteis e não é capaz de conferir um bom ganho de peso durante os longos meses de seca que anualmente fragilizam o rebanho. Já a braquiária engorda bem o gado na seca e sobrevive em solos de baixa fertilidade, mas exige uma precipitação mínima de 1000mm/ano, bem distribuídos.
 
A proposta apresentada prevê a consolidação de uma força-tarefa entre Epamig, Universidade Federal de Viçosa (UFV), o INAES/FAEMG e o Sindicato de Produtores Rurais de Montes Claros. “A ideia é que Minas possa liderar o Brasil no resgate sócio econômico do semiárido norte mineiro e nordestino, região que se distribui por dez estados e que possui uma população de 23 milhões de brasileiros”, explica Ricardo Laughton.
 
Segundo ele, a UFV poderia coordenar o trabalho de isolamento do gen do capim búfalo, uma vez que possui pesquisadores do mais alto nível que já se dedicam ao trabalho com transgênicos, tendo já alcançado sucesso em isolar o gen de resistência à seca da soja.  Ricardo Laughton explica que a atuação da UFV possibilitaria, ainda, que o projeto fosse abordado em duas frentes independentes: “Na primeira, se isolaria o gen do capim búfalo para se utilizar na braquiária. Na segunda, para se ganhar tempo, já se iniciaria a transformação da braquiária com o gen da soja isolado pela UFV. Assim, já se teria, quase que imediatamente, uma espécie transgênica com que se enfrentar a adversidade constante do semiárido”.


Fonte: Sistema Faemg.


Informe Agropecuário da Epamig aborda cultivo da bananeira


A bananicultura é uma atividade presente em todo o território nacional, com grande importância sócio econômica para vários polos produtivos, em sua maioria localizados em regiões com limitações climáticas e de desenvolvimento, onde tem forte apelo social pela geração de emprego e renda. Diante disso, a nova edição da Revista Informe Agropecuário tem como tema: Cultivo da bananeira, que visa o desenvolvimento da atividade e produção sustentável de bananas.

Os maiores produtores de banana do Brasil são os estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e Pará, responsáveis por mais de 60% da produção nacional. Em Minas Gerais, cerca de 50% da produção de bananas provém da região Norte. O uso mais intensivo de tecnologias tem contribuído para esse desempenho, tendo a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e instituições parceiras, importante participação com o desenvolvido de pesquisas com essa fruteira na região desde a década de 70.

Esta edição do Informe Agropecuário disponibiliza conhecimentos sobre tecnologias adequadas de cultivo para cada condição de produção e ecofisiologia, bem como técnicas de pós-colheita, para conservação dos frutos e informações sobre mercado e comercialização da bananeira. A publicação teve a coordenação dos pesquisadores da Epamig Maria Geralda Vilela Rodrigues e Mário Sérgio Carvalho Dias e do professor do Instituto Federal Baiano (IF Baiano) Sérgio Luiz Rodrigues Donato.

De acordo com a pesquisadora Maria Geralda Rodrigues, os temas tratados nesta edição foram discutidos durante o 8º Simpósio Brasileiro sobre Bananicultura, realizado no ano passado. "Questões como restrição hídrica, em função das mudanças climáticas e o aumento do custo de produção, por exemplo, são assuntos de interesse do produtor e que a pesquisa, realizada em parceria entre diversas instituições, tem como desafio na busca de alternativas e soluções para o desenvolvimento do setor", explica.

Lançamento

A nova edição da revista Informe Agropecuário "Cultivo da bananeira" será lançada, no dia 19 de maio, a partir das 19h, no auditório da Epamig Norte, em Nova Porteirinha.

Durante o lançamento, pesquisadores irão palestrar sobre adubação,  irrigação,  ecofisiologia e manejo da bananeira ‘Prata Anã’ cultivada sob irrigação no semiárido. Temas esses abordados nesta edição do Informe Agropecuário, e de interesse para o produtor do Norte de Minas. Os palestrantes são especialistas e autores de capítulos desta edição: Polyanna Mara de Oliveira, José Tadeu Alves da Silva - ambos pesquisadores da Epamig, e Sérgio Luiz Rodrigues Donato (IF Baiano).

A entrada no evento de lançamento do Informe Agropecuário "Cultivo da bananeira" é gratuita. A regional EPAMIG Norte fica na Rodovia MGT 122 km 155. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (38)3834.1760.


Fonte: Seapa / MG.