segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Emater-MG assina convênios para ampliar atividades no campo

A Emater-MG assinou no início deste mês três convênios que irão contribuir para aprimorar os trabalhos da empresa no campo, principalmente aqueles ligados à bovinocultura. Com valor que somam cerca de R$ 1,7 milhão, os documentos foram assinados durante a  51ª Assembleia Geral da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural  (Asbraer), que reuniu em Belo Horizonte, representantes do Governo Federal, ligados às questões de ATER, como o Ministério da Agricultura (Mapa), a Secretaria Especial da Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário, Incra e Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

O primeiro convênio é de prestação de serviço de Ater e gerencial a bovinocultura em municípios de Minas Gerais com recursos de R$ 816 mil. O convênio foi assinado com o Mapa.

O segundo convênio, também entre o Mapa e o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com a Emater-MG, é de difusão de tecnologias e boas práticas agropecuárias aplicadas à bovinocultura de corte e a implantação do centro de referência técnica e de pesquisa para a pecuária de corte. O aporte de recursos é da ordem se R$ 850 mil.

O terceiro convênio foi assinado entre a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, a Emater-MG, a Epamig e o IPA, de Pernambuco, para o desenvolvimento e execuções de ações que visem a adoção de tecnologias de agropecuárias adaptadas para o semiárido mineiro. Segundo o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Caio Rocha, já foram fechados convênios entre o MDS e Emateres no valor de R$ 10 milhões e muitos outros estão em andamento.

Reunião da Asbraer

A Assembleia Geral Ordinária da Asbraer foi promovida nos dias 3 e 4 de novembro, em Belo Horizonte.  O evento reuniu representantes das 27 empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do país para debater os rumos da Ater no Brasil.

A Assembleia discutiu, por exemplo, a participação do governo federal no financiamento das entidades públicas de Ater. Outro tema abordado foi a importância da tecnologia para o desenvolvimento do setor. 

"Alguns aspectos que considero importantes neste fórum foram a interlocução com o governo federal, levando nossa pauta com relação às parcerias, às agendas estratégicas que queremos implementar, além da troca de experiências entre as emateres e o governo e o alinhamento, no sentido de pensarmos o desenvolvimento rural brasileiro", afirmou o  presidente da Emater-MG, Glenio Martins.

Fonte: Emater

Plano Brasil sem Miséria realiza oficinas no Norte de Minas

Comunidades rurais do Território da Cidadania Serra Geral, no Norte do Estado de Minas Gerais, receberam mais uma visita da equipe da Embrapa Milho e Sorgo e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas (Emater-MG), em setembro deste ano. A visita faz parte das ações do Plano Brasil sem Miséria e foi realizada para compartilhar conhecimentos e informações tecnológicas para condução de Unidades de Aprendizagem (UAs).

Os municípios visitados foram Mato Verde, Janaúba e Verdelândia, onde foram realizadas três oficinas. Os temas abordados foram: Sistema Integrado para Produção de Alimentos - Sisteminha Embrapa; Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS); e Sistema Alternativo de Criação de Aves Caipiras (SACAC). Além da apresentação teórica sobre as tecnologias, foram realizadas dinâmicas e discussões sobre a importância e os benefícios da produção e do consumo de alimentos saudáveis.

Segundo o coordenador do Programa Brasil Sem Miséria na Embrapa Milho e Sorgo, Fredson Ferreira Chaves, os participantes visitaram as propriedades dos agricultores que receberam os materiais e as informações necessárias para a implantação das tecnologias, acompanhados também de técnicos extensionistas da Emater-MG. "Todos puderam ver, na prática, o passo a passo para a construção e a viabilização de cada sistema produtivo", disse Chaves.

Sisteminha Embrapa

A relações públicas da Embrapa Milho e Sorgo, Mônica Aparecida de Castro, relata que durante toda da visita houve uma participação efetiva dos agricultores familiares: "O treinamento para a implantação do Sisteminha foi realizado na propriedade do Sr. José Cardoso Farias, na Comunidade de Sítio Novo, em Mato Verde. E quem conduziu a oficina foi outro agricultor, Sr. José Maria do Nascimento Santos".

Segundo Mônica, há cerca de quatro anos, Sr. José Maria implantou o Sisteminha em sua propriedade, em Parnaíba, no Piauí, e está muito satisfeito com o resultado. Esta Unidade de Aprendizagem recebe grupos de agricultores para ensinar como implantar o Sisteminha e possui, inclusive, estrutura para hospedar os agricultores.

"O Sr. José Maria é pescador por profissão, mas sem conseguir o suficiente para melhorar a alimentação da sua família, teve a ideia de criar peixes. Procurou a Embrapa Meio-Norte e conheceu o Sisteminha. "Hoje ele cria peixe, galinha caipira, porquinho da índia e codorna. Cultiva milho, alface, couve, feijão, abóbora e frutas. E comercializa tomates, peixes, porcos e ovos", informa Mônica.

"Quase tudo que eu preciso para sobreviver o Sisteminha me dá. O Sisteminha foi uma coisa que mudou a minha vida 100%. Trouxe para mim e para minha família muita benfeitoria. Muita coisa boa pra nós, graças a Deus. Fartura e felicidade. Trouxe muito trabalho, mas a gente só tem as coisas com trabalho", conta José Maria. "Antigamente eu não podia nem ter ovo de galinha e hoje eu estou comercializando ovo de galinha através do Sisteminha", relata o Sr. José Maria.

Mônica Castro ressalta que a experiência de levar um agricultor para fazer o seu relato sobre os benefícios e ensinar o passo a passo para a adoção de uma tecnologia foi bastante positiva na opinião dos participantes das oficinas. Ela nos conta que o extensionista da Emater de Santo Antônio do Retiro, Sérgio Moreira dos Santos, comentou que "trazer o agricultor foi excelente. Serve de exemplo para os outros e empolga muito mais".

O "Sistema Integrado para Produção de Alimentos-Sisteminha Embrapa" foi desenvolvido pelo pesquisador Luiz Guilherme, da Embrapa Meio-Norte, localizada em Teresina-PI. Trata-se de um conjunto de práticas e processos de produção que possibilita a criação de peixes e de outros pequenos animais, o cultivo de hortaliças e de frutas e a produção de compostagem.
O Sisteminha Embrapa permite que o agricultor plante e colha periodicamente. Monica Castro relatou que o Sr. José Maria transplanta o milho toda semana: "Para isso, ele prepara uma sementeira com vinte e cinco sementes de milho, e quando a muda já está pronta, transplanta para o solo. Isso também é feito com outras culturas, sendo que para cada uma delas o período de repetição do plantio vai variar. Dessa maneira, a colheita também é permanente", disse.

Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS)

Outra tecnologia adotada nas comunidades foi o Sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS). Segundo Fredson Chaves, O PAIS possibilita o cultivo de hortaliças e de frutas e a criação de pequenos animais com bases agroecológicas. Não há adoção de agroquímicos, visando conservar os recursos naturais, respeitar a cultura e os costumes locais, estimular a diversificação da produção e eliminar o desperdício.

"O PAIS é um sistema de hortas circulares com uma estrutura central para criação de galinhas, por exemplo. Possibilita o aproveitamento da água da chuva e os resíduos dos pequenos animais e dos restos vegetais para a adubação do solo", explica o coordenador do projeto.
Chaves acrescenta que o Sistema piloto, que servirá de Unidade de Aprendizagem desta tecnologia, teve sua implantação iniciada na propriedade do Sr. Olegário Teodoro da Luz, na Comunidade de Paus Altos, em Janaúba, MG.

Sistema Alternativo de Criação de Aves Caipiras

Chaves explica que o Sistema Alternativo de Criação de Aves Caipiras consiste em técnicas para a criação de aves utilizando pastejo rotacionado com divisão de áreas para cada etapa de produção: cria, recria, engorda e reprodução.

"Neste sistema, as aves recebem ração balanceada e são criadas soltas em piquetes, onde fazem exercícios e complementam a sua alimentação com plantas forrageiras, frutos, restos de colheita e de culturas, além dos insetos e das minhocas. O Sistema será construído na propriedade do Sr. Jair Alves Barbosa, na comunidade Boa Sorte, em Verdelândia", diz Chaves.

Trabalho em família

Fredson Chaves ressalta a importância dos trabalhos já realizados e a necessidade de programar ações futuras. "Desde 2011, estão sendo feitas ações para a implantar Unidades de Aprendizagem em mais de 30 propriedades no Território da Serra Geral. Espera-se que cada agricultor, que adote os sistemas produtivos apresentados, seja um multiplicador do conhecimento para beneficiar outros agricultores e comunidades próximas", frisou.

Ele destaca também o trabalho em família. "Agradecemos ao Sr. Jair, que é dono da propriedade com a sua esposa, Dona Eva, e a participação da família. Vocês lembram que o Sr. José Maria deixou isso muito claro: é importante o envolvimento da família, dos filhos. É com a união das famílias que vocês vão ter bons resultados também", ressaltou.

Fonte: Embrapa

Produtores do Jaíba exportam frutas e consolidam mercado internacional

Minas Gerais sustenta a segunda colocação no ranking nacional, atrás de São Paulo, na produção do limão. O fruto é cultivado em diferentes regiões do estado, mas o Norte de Minas vem sustentando a primeira colocação entre as principais regiões produtoras mineiras. O bom desempenho vem dos produtores do Projeto de Irrigação do Jaíba.

O projeto, localizado nos municípios de Jaíba e Matias Cardoso, uma parceria entre Codevasf e Ruralminas, é responsável por cerca de 70% da produção estadual, ultrapassando 90 mil toneladas da fruta e está conquistando cada vez mais o mercado externo. O Jaíba cumpre o objetivo de promover o desenvolvimento regional integrado com base na agricultura irrigada, agroindústria e agropecuária.
O maior projeto de agricultura irrigada da América Latina ocupa uma área total irrigável de 107,6 mil hectares. Na etapa I do Jaíba, a área irrigável é de 24.752 hectares e a área ocupada é 23.061 hectares. Mais da metade da área do perímetro é destinada à fruticultura, com destaque para a produção de limão.

Hoje, cerca de 40% da produção da fruta cítrica é direcionada à exportação, sendo que 4.000 toneladas foram exportadas em 2016, e os produtores têm meta de aumentar a venda externa em 25% ainda este ano.

"Nós produzimos limão, manga e banana na cidade de Matias Cardoso. O limão virou o ‘queridinho’ da exportação. Em uma produção de 2 mil toneladas por ano, conseguimos exportar 800 toneladas - o que significa 40 % de tudo que produzimos. O limão está chegando a países da União Europeia, como Holanda, Alemanha, Inglaterra e também do Oriente Médio", afirma Cláudio Dykstra, membro da Associação dos Produtores de Limão do Jaíba (Aslim).

A irrigação do Jaíba é um dos mais importantes empreendimentos agrícolas do Brasil e uma nova fronteira do agronegócio. Além do limão, a manga é uma realidade na exportação na região . Cerca de 15% da produção ou 2.300 toneladas são enviadas ao exterior.

A meta é diversificar a pauta. "O objetivo é aumentar a exportação. Vamos iniciar o planejamento do manejo da banana prata. Estamos trabalhando para melhorar a qualidade do limão trabalhando no processo da cultura, investindo em adubação, condução da lavoura, em tecnologias de modo geral", completa o produtor.

A área do Jaíba II tem 19.276 hectares, dos quais 14 mil hectares estão em produção. Nela atuam médios e grandes produtores, contemplando 55 empresários, com 684 lotes.

Emater

A Emater-MG atua no Projeto Jaíba com muita intensidade na cultura do limão, pois Minas Gerais é responsável por uma produção que ultrapassa 90 mil toneladas anuais. A boa produção é representada pelo bom desempenho dos municípios de Jaíba, com 39,5%, e Matias Cardoso, com 31,3% da produção mineira, respectivamente.

Com um público atendido de 561 agricultores familiares, em uma área plantada de 1.146 hectares, a assistência técnica no sistema de produção e comercialização dos produtos oferecida pela Emater é fundamental para a dinamização do Projeto Jaíba. Os prodotores assistidos comercializam a fruticultura em entrepostos como Ceanorte, Ceasa-MG, supermercados e sacolões, bem como em mercados institucionais como PAA e PNAE.

IMA

As atividades do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) no Projeto de Irrigação do Jaíba englobam ações defesa sanitária vegetal relacionadas com fiscalização da Certificação Fitossanitária de Origem, fiscalização do trânsito de vegetais, levantamentos fitossanitários, coleta de amostras de vegetais para análise laboratorial a fim de verificar a presença de pragas.

Também é realizada a fiscalização do vazio sanitário de algodão, fiscalização da comercialização e utilização de agrotóxicos e afins. A coleta de amostra de produtos agrícolas para verificar ocorrência de resíduos de agrotóxicos é feita regularmente.

A fiscalização do comércio de sementes e mudas e coleta de amostras de sementes para análise laboratorial para verificar a qualidade desses produtos disponibilizados aos produtores rurais também são executadas pelo IMA.

Com o incremento dessas ações os produtos agrícolas produzidos na região alcançam maior qualidade e têm possibilidade de abertura de novos mercados, tanto o nacional como internacional.


De acordo com o IMA, o trabalho é todo realizado pelos fiscais agropecuários, engenheiros agrônomos e fiscais assistentes lotados na Coordenadoria Regional, localizada em Janaúba, e por servidores do escritório seccional de Jaíba. 

Fonte: Emater

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Diretora Geral do Igam participa de debates sobre os rumos da gestão de recursos hídricos

Crédito: Janice Drumond
O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), como órgão responsável por gerir os recursos hídricos em Minas Gerais, mais uma vez marcou presença em dois eventos promovidos pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que debateram os rumos da gestão de recursos hídricos no Estado. A diretora geral do Igam, Fátima Chagas, esteve presente em ambos.

Pela manhã, a diretora participou da abertura do Seminário “Crise Hídrica e o Futuro da Indústria”. O objetivo do evento foi avaliar as principais ferramentas para a segurança hídrica, considerado vital para o desenvolvimento socioeconômico do Estado.

No período da tarde, Fátima fez uma palestra sobre o “Cenário Legal de Gestão de Recursos Hídricos no Estado de Minas Gerais”, durante o 4º Encontro da Rede de Recursos Hídricos da Indústria Mineira.
A diretora começou sua apresentação falando de algumas ações de reestruturação que o Instituto está realizando, como a reformulação do Portal dos Comitês de Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais http://comites.igam.mg.gov.br/. “A gente está trabalhando nessa atualização de reformulação do site dos comitês sob a ótica da transparência, e tudo que nós, e os próprios comitês desenvolvemos deve ser disponibilizado no site. Por isso é muito importante que os membros dos comitês nos enviem todos os documentos que são produzidos, inclusive atas e relatórios”, explicou.

Em seguida, Fátima falou sobre a regularização do uso dos recursos hídricos no Estado. “Apesar de não ser o Igam que concede a outorga, atualmente essa função está com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), fazemos o acompanhamento de todo o processo”, enfatizou.

A rede de monitoramento da qualidade das águas, uma das competências desenvolvidas pelo Instituto também foi apresentada pela diretora. “Atualmente temos 553 estações de monitoramento de águas superficiais e 143 de águas subterrâneas. Os relatórios são divulgados trimestralmente, com exceção da bacia do Rio Doce e do Rio São Francisco, que são mensais”, disse. Essas informações podem ser obtidas no site do Infohidro http://portalinfohidro.igam.mg.gov.br/.

Outra atividade desenvolvida pelo Igam, apresentada pela diretora, é a da previsão do Tempo. “Atualmente operamos quatro radares meteorológicos e analisamos também a frequência de raios. Monitoramos dados e horários para elaboração de avisos e comunicados e informamos, via sms ou e-mail, para as pessoas cadastradas, sobre a incidência de chuva, rajadas de vento, ocorrência de descarga elétrica e baixa umidade. Essas informações são muito importantes, principalmente, para a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros”, ressaltou.

Segundo a diretora, o Igam deve implantar, ainda este ano, 10 estações telemétricas, sendo a maioria no Norte de Minas. “Ano passado nosso planejamento foi de concentrar a implantação das estações no Rio das Velhas e no Rio Paraopeba, em função da crise hídrica que se abateu na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Este ano priorizamos a implantação em outra região, para que todo o Estado seja contemplado. As redes telemétricas nos informam a cada 15 minutos como está o nível dos rios”, esclareceu.

Reestruturação do Igam 

De acordo com Fátima, a reestruturação do Instituto, promulgada pela Lei Estadual 21.972, de 21 de janeiro de 2016, promove o resgate institucional do órgão. “O poder regulatório do Instituto não era tão claro e, ao elaboramos o texto da Lei, fizemos questão de acrescentar um inciso que deixa claro que temos a função de controlar e monitorar os recursos hídricos e regular seu uso. Esse inciso parece simples e pequeno, mas é fundamental para o Instituto”, acrescentou. 

A diretora destacou ainda o artigo 38 da Lei, que trata da questão da transição. “Tivemos o cuidado de acrescentar um artigo que fala da transição, uma vez que os pedidos de outorga voltarão a ser concedidos pelo Igam. No texto consta que enquanto o Instituto não tiver condição física, de pessoal e operacional não poderemos receber os pedidos, que devem continuar na Semad até termos condições de começar a analisá-los”, relatou.

A nova estrutura orgânica básica do Igam também foi apresentada pela diretora. O Instituto, que tinha duas diretorias, passa a ter quatro com a nova Lei: Diretoria de Gestão e Apoio ao Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, Diretoria de Planejamento e Regulação, Diretoria de Operações e Eventos Críticos e Diretoria de Administração e Finanças. 

Programas estratégicos 

Os programas estratégicos desenvolvidos pelo Igam também foram elencados pela diretora. Um deles é o “Cultivando Água Boa”, desenvolvido pela Itaipu Binacional e que passou a ser coordenado pelo Instituto, em maio deste ano. Anteriormente a coordenação estava com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). “Criamos então um comitê coordenador estadual e estamos remodelando o programa a pedido do Secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães. No entendimento do secretário o “Cultivando Água Boa” deve ter suas ações trabalhadas por meio dos comitês de bacia. Por esse motivo que a coordenação foi passada para o Igam”, destacou.

As estratégias de segurança hídrica é outro programa estratégico que acabou de ser concluído pelo Instituto e que foi citado por Fátima. “As ações desenvolvidas por esse programa serão utilizadas na elaboração do Plano de Segurança Hídrica do Estado de Minas Gerais, que será desenvolvido ao longo dos próximos 15 anos”, afirmou. 

Sistema on line

A diretora terminou sua apresentação falando de um sistema que está sendo desenvolvido pelo Igam e que interessa a um grande número de pessoas. É o sistema on-line de emissão de certidão de uso insignificante da água. “Estamos desenvolvendo uma plataforma em parceria com a Secretaria de Estado da Fazenda para que a emissão do uso insignificante da água seja todo feito pela Internet. A outra grande novidade é que o cadastro não será mais cobrado. Mas antes que o sistema entre em vigor o Igam precisa zerar o passivo. Já estamos montando uma força-tarefa para finalizar os pedidos remanescentes o mais rápido possível”, concluiu.


Fonte: IGAM

Laboratório da Funed vai realizar análises moleculares em alimentos transgênicos e pescados

O Laboratório de Biologia Molecular do Serviço de Ciências Bioquímicas (SCB) da Fundação Ezequiel Dias (Funed), realiza análises para a detecção qualitativa e quantitativa de organismos geneticamente modificados e a identificação de espécies de peixes, verificando a existência de fraudes por falsificação ou substituição de espécies declaradas nos rótulos.

O laboratório pertence ao Instituto Octávio Magalhães, Laboratório Central de Saúde Pública do Estado de Minas Gerais (Lacen-MG), o primeiro do Brasil a realizar estes tipos de análises moleculares. A fiscalização atende às demandas encaminhadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, pela Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais – VISA/MG, Ministério Público e Instituto de Defesa do Consumidor.


Segundo a chefe do Serviço de Ciências Bioquímicas, Jovita Gazzinelli, as análises de organismos geneticamente modificados (OGM) são feitas em grãos de soja e derivados, como farelos, farinhas, extratos, bebidas à base de soja e em derivados de milho, como fubá, canjiquinha, flocos, creme, farelos e outros. Esta inspeção garante a conformidade com o Decreto 4.680, de 24/4/ 2003, que determina a rotulagem sempre que a presença de OGM for acima de 1%.

A identificação de espécies de peixe, por sua vez, é feita por meio da técnica de DNA Barcode. De acordo com a pesquisadora Gláucia Amâncio, do Laboratório de Biologia Molecular, “a lógica dessa técnica é a mesma do código de barras universal de produtos do mercado varejista. Utiliza uma sequência de DNA extremamente curta em relação à totalidade do genoma e variabilidade genética suficiente para caracterizar espécies”, diz.

No Laboratório, essas análises são feitas em quatro ou oito réplicas e envolvem as etapas de extração e quantificação do DNA, detecção do gene COI mitocondrial - que identifica espécie animal, sequenciamento desse gene e sua análise em banco de dados universal, como o Bold Systems.
As amostras de alimentos são coletadas no comércio pelas vigilâncias sanitárias dos municípios, a partir da definição entre a Vigilância Sanitária Estadual e a Funed, trazidas para a Fundação e entregues ao Serviço de Gerenciamento de Amostras, onde são cadastradas e distribuídas aos laboratórios para as análises específicas.




Fonte: Agência Minas 

Estado realiza encontro para ampliar registro de agroindústria familiar

O trabalho de apoio às agroindústrias familiares de Minas Gerais será ampliado com a parceria entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Até a próxima quinta-feira (6/10), técnicos do instituto vão se reunir para alinhar os procedimentos para garantir que um número cada vez maior de empreendimentos da agricultura familiar seja registrado.

Divulgação/Seda

"Uma das principais demandas das agroindústrias é o registro no IMA. Essa parceria é muito importante e permite agregar valor à produção da agricultura familiar. Temos muito desafios, mas temos que enfrenta-los", disse o secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Professor Neivaldo, durante a abertura dos trabalhos, nesta terça-feira (4/10), em Lagoa Santa.

Das 241 agroindústrias familiares cadastradas pelo IMA, 135 pertencem à cadeia produtiva do leite, incluindo o queijo minas artesanal. Do total, 35 agroindústrias são de produção de mel e derivados, principalmente no Norte de Minas. De acordo com o diretor-técnico do IMA, Thales Almeida, o foco é atender esse grupo de empreendedores. "Nosso esforço é para ampliar o número de agroindústrias habilitadas. Espero que essa parceria com a Seda dê bons frutos", disse.

Um dos principais gargalos para que os empreendedores rurais se adequem às normais é a falta de profissionais qualificados para a elaboração dos projetos. Outro obstáculo, segundo o IMA, é a falta de recursos financeiros para os investimentos.
Sanitaristas Mirins
De acordo com o Professor Neivaldo, os recursos disponibilizados pela Seda para o IMA, por meio da Gerência de Educação Sanitária e Apoio à Agroindústria Familiar (GEA), representam oito vezes mais do que foi repassado em 2015.

Com a verba, novos cadastros e termos de compromisso de agroindústrias familiares com o IMA serão feitos. Também estão garantidas as visitas de acompanhamento e orientação dos estabelecimentos cadastrados e atendimentos a milhares de alunos da rede pública estadual de ensino no Projeto Sanitaristas Mirins. O projeto prepara e conscientiza as crianças a multiplicar os princípios da educação sanitária entre amigos e familiares.

Na ocasião, Professor Neivaldo apresentou a nova edição da cartilha "A educação sanitária no dia a dia dos alunos - descobrindo a agropecuária na escola". A cartilha é de autoria do IMA, com textos e ilustrações elaborados pelos técnicos do Instituto e dá suporte à realização do Projeto Sanitaristas Mirins juntos aos escolares de diversas regiões do estado. A Seda garantiu a impressão de 4 mil destas cartilhas.
"Estamos muito otimistas com essa parceria com o IMA. Já estivemos  juntos na organização da Semana do Peixe e na Feira da Agricultura Familiar e Urbana e precisamos ampliar essa atuação para fortalecer a agricultura familiar", afirmou.

O diretor-geral do IMA, Marcílio de Sousa Magalhães, reiterou a importância da parceria do IMA com a Seda como forma de otimizar as ações do Estado em benefício dos agricultores familiares. "Este esforço conjunto demonstra que os órgãos do governo de Minas estão em sintonia com o objetivo maior de contribuir para que os agricultores tenham condições de melhorar e ampliar a sua produção alcançando novos mercados e, por consequência, aumentar a sua renda", disse.


Fonte: Agência Minas

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Programa de apoio à agroindústria familiar impulsiona fabricação de mel no Jequitinhonha

Situada no município de Jequitinhonha, na área de abrangência da Coordenadoria Regional de Almenara do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), a agroindústria Mel Babilônia, após aderir ao Programa de Apoio à Agroindústria Familiar de Pequeno Porte, aumentou em mais de quatro vezes a sua produção, que passou de 400 quilos de mel para 1,88 tonelada por ano.
 
Hoje, a empresa comercializa seus produtos em Belo Horizonte, além de Jequitinhonha e Joaíma, na região do Jequitinhonha. “Atribuo o sucesso de vendas da Mel Babilônia à maior credibilidade e confiança por parte do consumidor após me cadastrar junto ao IMA”, disse o proprietário Santos Martins Prates, que conta com a assistência do instituto desde 2013.
 
O representante de Educação Sanitária e Apoio à Agricultura Familiar (Resaf) Paulo Roberto Gama, da Coordenadoria Regional de Almenara, informa que a Mel Babilônia está no oitavo mês do termo de compromisso com o IMA. “Quando fiz a primeira visita, a Mel Babilônia nem possuía a casa do mel, onde o produto é beneficiado”, comenta.
 
Segundo Gama, no início do programa o IMA realizou um diagnóstico junto a todas as agroindústrias familiares no Estado em parceria com o MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário). “Foi preciso mostrar aos agricultores, por exemplo, os pontos de contaminação no processo produtivo,  trabalhando de acordo com as normas da Portaria 1252 do IMA que aprova as normas técnicas para estabelecimentos rurais de pequeno porte. Ressaltamos, entre outros procedimentos, a importância de cercar a área de produção para evitar a entrada de animais no empreendimento”, observa.
 
Adequada às normas sanitárias, hoje a Mel Babilônia comercializa também por meio do Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e vende para uma escola estadual da cidade de  Jequitinhonha.
 
Segundo Paulo Roberto, entre as adequações que a Mel Babilônia necessitou fazer para atender às normas sanitárias previstas na legislação está, por exemplo, a aquisição de equipamentos para atender as recomendações do Programa. A agroindústria de mel, assim como todas as agroindústrias cadastradas no IMA e que comercializam outros produtos, têm que atender às mesmas exigências da Portaria 1252 em relação à localização, construção, equipamentos e utensílios utilizados no processo de produção. “A diferença é que no caso do mel o produto já embalado pode ser estocado em temperatura ambiente, diferentemente dos laticínios que necessitam refrigeração em uma câmara fria”, explica.
 
Gama destaca a importância das parcerias com diversas entidades para a condução e os bons resultados do Programa, citando o SISTEMA FAEMG e as instituições a ela ligadas, o INAES e o SENAR MINAS. Importante também a parceria da Seda (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário) que, inclusive, assinou recentemente um novo convênio com o IMA para dar suporte às ações de educação sanitária e apoio à agroindústria familiar.


Fonte: Sistema FAEMG

Mulheres do Norte de Minas garantem renda com remédios naturais

Claro dos Poções – Apontado como a caixa d'água do Brasil, por abrigar as nascentes de grandes bacias hidrográficas como o Rio São Francisco, o cerrado também concentra centenas de espécies medicinais.
A “farmácia vegetal” do bioma ajuda a movimentar o dinheiro em Claro dos Poções – município de 7,7 mil habitantes localizado no Norte de Minas. A localidade é humilde: sua renda per capita é baixa, da ordem de R$ 337,07 anuais. A mudança, no entanto, está em curso, promovida pela iniciativa de um grupo de mulheres.

O Essências do Cerrado produz e comercializa produtos da alimentação alternativa (como farinha enriquecida e granola), além de remédios caseiros (as antigas “garrafadas”), obtidos a partir da flora da região.

Quando há esforço coletivo e vontade, as pessoas podem crescer com as próprias pernas, aproveitando os poucos recursos disponíveis. É o que mostra o Essências do Cerrado. Focado no empreendedorismo solidário, o grupo se transformou em um case de sucesso. Tanto que já conquistou dois prêmios nacionais, levando seus produtos em feiras de Minas Gerais e de fora do estado.

O trabalho desempenhado em Claro dos Poções integra a terceira e última parte da série “Mulheres de fibra”, publicada pelo Estado de Minas, que narra também outras iniciativas empreendedoras de grupos femininos, que têm o objetivo de elevar a renda familiar com atividades que vão da colheita da sempre-viva à produção de artesanato em Diamantina.

Liderado por sete mulheres, o Essências do Cerrado nasceu em 2008. “Nosso principal foco é a economia solidária. Cada integrante desenvolve a atividade conforme sua vocação. Quem tem perfil para o trabalho no mato, se dedica mais à coleta das ervas. Quem gosta de vendas, lida com a comercialização.

A distribuição da renda obedece à divisão das tarefas. Todas nós temos as mesmas vantagens econômicas”, explica Sérgia Soares Fonseca, uma das líderes do grupo.

Em 2014, grupo conquistou o prêmio Usinas do Trabalho, promovido pelo Consulado da Mulher – ação social da Cônsul (fabricante de geladeiras e outros eletrodomésticos da linha branca) – e que oferece suporte a mulheres em vulnerabilidade social e econômica para que se organizem e que desenvolvam microempreendimentos para a geração de renda e transformação de vidas em comunidades.

Também recebeu o prêmio Boas Práticas em Economia Solidária”, promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e entregue durante a 11ª Feira Latino-Americana de Economia Solidária, em Santa Maria (RS), em julho do ano passado.

Um das mercadorias de destaque produzida pelo Essências do Cerrado é a farinha enriquecida, feita com fubá de milho, farelo de trigo e pó de folha de mandioca. Além de ser consumida por gestantes, idosos e crianças, o alimento – vendido a R$ 25 o quilo – faz sucesso entre os frequentadores de academias, por assegurar o ganho de massa muscular. Outro item do grupo é o composto “nutrição reforçada”, que conta com gergelim, linhaça, amendoim, mel de abelha, rapadura e outros ingredientes naturais.
TREINAMENTO Por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o núcleo de mulheres de Claro dos Poções recebeu um curso de capacitação sobre o uso das plantas medicinais do cerrado. As mulheres descobriram que a rica flora do bioma serve não somente para tratar inúmeras doenças, como pode gerar renda.

“A gente sempre pensava em resgatar os remédios caseiros, as “garrafadas” usadas pelo pessoal antigo da região, mas não sabia como fazer isso. Aí, procuramos o Senar”, relata Maria da Luz Marinho, presidente da Associação Essências do Cerrado. “Também fizemos pesquisas com pessoas antigas da região que sempre usaram os chás caseiros”, completa.

Maria da Luz explica que o grupo pesquisa e verifica a eficácia das plantas encontradas na região. As ervas são coletadas no mato pelas próprias mulheres e levadas para a sede do projeto, no prédio cedido pela Prefeitura de Claro dos Poções.

Com o curso do Senar, elas aprenderam a retirar o princípio ativo das plantas, também chamadas de “tinturas”, que correspondem às essências das ervas, daí o nome do grupo. Aprenderam ainda como preparar xaropes, gel e pomadas, assim como as dosagens e o modo de usar os “remédios”.

A presidente da associação conta que os prêmios nacionais conquistados contribuíram com o crescimento do empreendimento solidário. Na premiação do Consulado da Mulher, o grupo recebeu eletrodomésticos que são usados em suas atividades (uma geladeira, um freezer, dois fogões a gás e um purificador de água), além de R$ 5 mil em dinheiro. Como premiação do BNDES, recebeu R$ 20 mil, dos quais R$ 12 mil foram aplicados na compra de um terreno para a futura sede do empreendimento. Os outros R$ 8 mil passaram a ser usados como capital de giro.
 
Farmácia rica
 
Mais de 30 tipos de remédios naturais, usados para os mais diversos tipos de doença, como diabetes, pressão alta, artrose, artrite, bronquite, problemas de coluna e outros, são produzidos e comercializados pelas “raizeiras” do Essências do Cerrado. Um dos “carros-chefes” é um estimulante sexual chamado “braço forte”, produzido a partir de uma planta com o mesmo nome, encontrada na região. Os remédios e os ingredientes da alimentação alternativa são vendidos em feiras e também sob encomenda.

Em Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, a ação coletiva para superar as dificuldades foi feita por mulheres que, a cada ano, são deixadas em casa pelos maridos, que saem para o trabalho no corte de cana no interior de São Paulo e na colheita de café no Sul de Minas. A Associação dos Artesãos de Chapada do Norte, criada em 2002, conta com 15 mulheres, que aproveitam a palha de milho e o couro para a produção de sacolas, porta-joias, namoradeiras e instrumentos musicais.

“Os homens saem para trabalhar no corte de cana e na colheita de café e as mulheres ficam sem renda. A gente tinha que arrumar alguma saída para viver”, diz Aleni de Fátima Pereira, presidente da associação de artesãos.



Campanha de vacinação protege avicultura de subsistência em Bandeira, no Vale Jequitinhonha

 
Um projeto que incentiva a prevenção de doenças graves em galinhas, muitas vezes fatais, vem desde abril reduzindo o índice de mortalidade dessas aves em algumas comunidades rurais de Bandeira, no Vale do Jequitinhonha. A informação vem do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).  A empresa desenvolve, em parceria com o município, uma campanha de vacinação contra duas das principais doenças que podem acometer essas aves domésticas. 
 
 “Esse é um trabalho preventivo contra as doenças Bouba Aviária e Doença de Newcastle. A prefeitura fornece as vacinas para essas doenças e nós ensinamos como se faz a aplicação das doses. Reunimos um grupo de interesse na comunidade e damos um curso. Informamos sobre a doença, os sintomas, o tratamento. Após a palestra, fazemos uma demonstração com a vacina, imunizando as galinhas caipiras da comunidade”, explica o extensionista agropecuário da Emater-MG, Mateus Queiroz. 
 
A iniciativa, que também inclui a orientação técnica para o manejo e obtenção de uma produção com boa qualidade de carnes e ovos, já conseguiu imunizar cerca de 500 aves em cinco comunidades rurais, beneficiando entre 40 a 50 famílias locais, segundo Queiroz. “Vamos repetir as doses num prazo de seis meses. A meta é contemplar todas as 11 comunidades rurais de Bandeira até o final deste ano, fazendo a profilaxia de 1.100 aves”, afirma o extensionista agropecuário. O escritório da Emater-MG de Bandeira atende em média cerca de 900 agricultores familiares. 
 
De acordo Mateus Queiroz, embora a bovinocultura de leite e corte seja a principal atividade econômica do município, a avicultura cumpre importante papel social em Bandeira, pois é fonte de renda e alimentação da agricultura familiar. “O agricultor já tem o hábito de seguir as campanhas de vacinação de aftosa e de raiva bovina, então já sabe a importância deste trabalho preventivo, que pode ser expandido também para a avicultura de subsistência”, justifica. Segundo Mateus,  a ação está permitindo que não ocorram mortes de nenhuma ave nas comunidades atendidas.


Fonte: Emater-MG

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Encontro discute atuação de políticas públicas de apoio para as Micro e Pequena Empresas em Minas Gerais


José Ricardo da Veiga, secretario Especial da Micro e Pequena Empresa (SEMPE), ligado à Presidência da República, recebeu, nesta quinta-feira (04) representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) de Minas Gerais para discutir a execução de políticas públicas de apoio às micro e pequenas empresas (MPE) e ao empreendedorismo. Em pauta, projetos que estimulam a articulação e criação de um Pacto Nacional para a Micro e Pequena Empresa, proposto pela SEMPE, cujo objetivo é atuar em articulação com diferentes órgãos de todo país no direcionamento das políticas de apoio a MPEs.
 
Outro tema levantado no encontro, realizado em Brasília, foi a execução de programas focados na retomada da confiança e da atração de novos investimentos. A ideia é difundir ações junto aos empresários para estimular o crescimento, mesmo dentro do quadro de crise econômica. A representante da SEDE, na reunião, Camila Andrade Câmara, discutiu iniciativas que possam ser trabalhadas em Minas Gerais. “Estamos falando de um público alvo muito significativo, de grande relevância para a economia do Estado, portanto, é fundamental que o Governo de Minas Gerais invista em iniciativas para propiciar um ambiente favorável aos empreendedores e pequenos empresários”, afirma Camila.
 
Outros projetos em prol empresariado discutidos foram a prestação de serviços gratuito por meio de universidades credenciadas, para que alunos de Administração e Ciências Contábeis possam acompanhar os empresários na análise da viabilidade do empreendimento, abertura e registro das empresas, criação de plano de negócios, controle do fluxo de caixa, e etc. A ideia é que Minas Gerais também passe a oferecer serviços como o do portal Empresa Simples, cuja atuação ainda se restringe ao Distrito Federal (www.empresasimples.gov.br), que auxilia o empreendedor no registro de empresa, execução do fisco e concessão do licenciamento ambiental, tudo em um mesmo lugar.


Fonte: Sede

 

GARANTIA SAFRA: Programa para atender agricultores familiares

Considerada uma das principais políticas públicas de combate à pobreza rural, o Programa Garantia Safra beneficiará em Montes Claros, neste ano, 842 famílias de pequenos agricultores. Para a secretária-adjunta municipal de Agricultura Familiar, Helena Alves, “além de reduzir o êxodo rural, o impacto na economia da cidade é grande, pois muitos destes agricultores acabam investindo os recursos provenientes do programa na compra de insumos e suprimentos agrícolas para uma nova lavoura. E esse dinheiro é revertido em mais emprego e renda nos centros urbanos”. O Garantia Safra tem como objetivo apoiar agricultores familiares que venham perder suas safras devido à seca ou ao excesso de chuvas, por meio de auxílio financeiro proveniente de um fundo coparticipativo envolvendo os governos federal, estadual e municipal, além dos próprios agricultores. O prefeito José Vicente, do PMDB, destaca ações voltadas para o agricultor familiar.

Na manhã dessa quinta-feira, representantes da Prefeitura, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Sda), da Emater, dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) estiveram reunidos no auditório da Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (ICA-UFMG), com sede em Montes Claros, para capacitação técnica do programa na região. A capacitação tem por objetivo dialogar com técnicos de assistência técnica e extensão rural, servidores públicos municipais e representantes dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável sobre como será o funcionamento do programa na safra 2016/2017.  É a primeira vez que Minas Gerais recebe esse tipo de oficina técnica.

A participação de presidentes dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentáveis (CMDR) e dos secretários municipais ligados à agricultura familiar é muito importante. “É o momento que temos para reforçar a importância da adesão das prefeituras, que termina no próximo dia 31 deste mês”, disse o secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, Neivaldo de Lima Virgílio. O prazo foi prorrogado para que as prefeituras tenham mais tempo para aderir. O seguro garante R$ 850,00 ao agricultor familiar em caso de perda de mais de 50% da produção. Cada Prefeitura paga R$ 51,00 por beneficiário. Para firmar o termo de adesão ao Garantia Safra 2016/2017.

O prefeito em exercício de Montes Claros, José Vicente, do PMDB, garante que “este é mais um ano que os agricultores familiares do município recebem o benefício. Um valor injetado na economia local de mais de R$ 1,5 milhão. Essa ação reforça o nosso compromisso com todos que trabalham no campo”.


Fonte: Jornal de Notícias


Projeto estadual de desenvolvimento sustentável realiza plantio de mais de 6 milhões de mudas

O Projeto Plantando o Futuro, proposto pelo Governo do Estado de Minas Gerais e coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), já começa a dar frutos. Em quatro meses de atuação, desde a publicação do Decreto 46.974, no dia 22 de março de 2016, que instituiu oficialmente a iniciativa, conseguiu viabilizar, por meio de convênios e licitações, a produção e o plantio de 6,13 milhões de mudas de árvores. O montante representa a recuperação de, aproximadamente, quatro mil hectares, equivalente a 20% da meta estipulada.
 
O projeto visa o plantio de 30 milhões de árvores, o que compreende a recuperação de 40 mil nascentes, 6.000 hectares da mata ciliar e 2.000 hectares de áreas degradadas, em todos os 17 Territórios de Desenvolvimento de Minas Gerais, até dezembro 2018.
 
Em março, o Plantando Futuro assinou convênio com o Instituto Espinhaço para produção de 3 milhões de árvores específicas da Mata Atlântica e do Cerrado. A ação vai contemplar 53 municípios da região da Serra do Espinhaço e beneficiar mais de um milhão de pessoas.
 
Em abril, foi assinado, em Belo Horizonte, convênio com o Centro Cultural Francisca Veras para viabilizar a produção de 2,88 milhões de mudas de árvores nativas em parceria com 27 assentamentos para a reforma agrária. A cooperação entre a entidade e a Codemig vai até dezembro de 2018. A previsão é que as mudas recuperem uma área de, aproximadamente, 2,6 mil hectares.
 
Além de ações concretas, a coordenação do projeto também tem atuado na divulgação do Plantando o Futuro em diversas regiões do estado. Foi realizado em março, em Belo Horizonte, um workshop com os 36 Comitês de Bacia Hidrográfica de Minas Gerais para apresentar e debater o projeto. A equipe do Plantando o Futuro já visitou 19 cidades mineiras para apresentar as diretrizes da proposta a prefeituras e instituições parceiras.
 
Além de oferecer à população a oportunidade envolvente de ser protagonista do desenvolvimento sustentável, o projeto vem incentivar o reflorestamento, contribuir para preservar a natureza e promover o bem-estar dos mineiros.
 
Com isso, busca uma ampla mobilização social, conscientizando a população para que se aproprie da iniciativa e participe ativamente do plantio, da manutenção e da fiscalização. O projeto prioriza áreas degradadas, nascentes de rios e seus afluentes e matas ciliares, bem como a arborização urbana.




quinta-feira, 21 de julho de 2016

Balança comercial mineira cresce 3,8%

O saldo da balança comercial mineira, que vinha positivo até maio, mas 10% menor do que no mesmo período do ano passado, se recuperou e no primeiro semestre cresceu 3,8% em relação aos mesmos meses de 2015. A recuperação mostra que o dólar favorável impulsionou as exportações estaduais, embora elas continuem menores em termos de valor do que no exercício anterior.

De acordo com dados do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), o saldo da balança comercial mineira para o primeiro semestre deste ano fechou positivo em US$ 6,679 bilhões contra US$ 6,433 bilhões no mesmo período de 2015, um crescimento de 3,8%.

Na primeira metade do ano, as exportações estaduais somaram US$ 10,045 bilhões sobre US$ 11,008 bilhões no mesmo período de 2015, uma retração de 8,7%. Até maio na comparação com 2015, a queda era mais grave, da ordem de 16%. A alavancagem foi ocasionada pela estratégia, especialmente da indústria mineira, de aproveitar a valorização do dólar e focar nas vendas externas.

O minério de ferro foi responsável por 27,1% do total das exportações. Mesmo com os preços internacionais baixos, a commodity recuperou participação na pauta de embarques, com 27,2%, praticamente um ponto percentual a mais que no mesmo semestre de 2015.

As remessas de minério até junho, Minas embarcou 9,4 milhões de toneladas de minério a mais no acumulado até junho na comparação com igual semestre de 2015, mas mesmo assim o maior volume não compensou a queda do preço, que caiu em torno de 18%, na média dos dois períodos. Neste confronto, os embarques de minério somaram US$ 2,731 bilhões sobre R$ 2,951 bilhões, 7,4% de queda.

As exportações de café também caíram. O grão só fica atrás do minério de ferro como item mais importante da pauta de exportações. A receita com os embarques da commodity agrícola no primeiro semestre somou US$ 1,506 bilhão ante US$ 1,859 bilhão nos mesmos meses de 2015, uma redução de 18,9%.

Em volume, os embarques de café até junho foram praticamente 7% maiores do que no mesmo período de 2015, mas um decréscimo de cerca de 24% no preço médio do grão exportado, na mesma base de comparação, impediu o aumento da receita.

Da mesma forma, a receita gerada a partir das remessas de ouro e ferronióbio também caíram no primeiro semestre, com quedas de 8,1% e 25,5%, respectivamente. Por outro lado, os embarques de soja, devido aos preços mais competitivos por causa do câmbio desvalorizado, tiveram evolução, com alta de 29,1%.

Importações

Ainda sob impacto da crise econômica do País e da carência de novos investimentos, as importações de Minas entre janeiro e junho somaram US$ 3,366 bilhões, com retração de 26,4% em relação ao total dos mesmos meses de 2015 (US$ 4,575 bilhões). A hulha betuminosa, que é o carvão mineral usado pela indústria siderúrgica, continua como o item mais importado, com participação de 5,2%.

Embora o saldo comercial do estado tenha crescido e se mantido positivo, corrente comercial, que é a soma das exportações e importações, considerada uma das formas de mensurar a força do comércio exterior, mostra que ele enfraqueceu. Entre janeiro e junho, Minas movimentou US$ 13,411 bilhões com compras e vendas no mercado mundial, uma queda de 14% em relação ao total de igual intervalo de 2015, quando somou US$ 15,583 bilhões.



 

BDMG estimula desenvolvimento em municípios mineiros com baixo IDHM



Afinado com a estratégia do Governo de Minas Gerais de reduzir as desigualdades sociais e econômicas no estado, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) lançou, no fim do mês passado, o Geraminas Social. Trata-se de uma linha de crédito voltada para financiamento de micro e pequenas empresas, instaladas em cidades cujo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é menor ou igual a 0,667 - a média do estado. O objetivo é exatamente fortalecer a economia destes municípios, garantindo que as micro e pequenas empresas, responsáveis pela geração de renda e empregos nestas localidades, mantenham a saúde financeira.

Para requerem os recursos, as empresas também precisam ter faturamento anual de até R$ 30 milhões e comprovar mais de seis meses de atividade. De acordo com levantamento do BDMG, mais de 60 mil empresas, notadamente no setor de comércio e serviços, em mais de 400 cidades, se encaixam neste perfil e podem ter acesso à nova modalidade de financiamento.

“Estamos falando daqueles municípios onde justamente a atividade econômica é menor, mais fraca. São municípios que dependem muito da atividade do pequeno negócio, do microempreendedor, da padaria, da farmácia, do cabelereiro. São justamente os municípios que têm mais dificuldade em ter acesso ao mercado financeiro tradicional”, destaca o presidente do BDMG, Marco Crocco. Para Crocco, o BDMG consegue oferecer taxas mais atrativas por ter características distintas de um banco comercial tradicional. “A função e a missão do banco é de oferecer crédito, e consequentemente, estimular a atividade econômica naquilo que o mercado privado não consegue atender”, frisa.

Ainda segundo presidente do BDMG, a instituição oferece crédito “com taxas de juros mais baratas que as taxas praticadas no mercado e algumas linhas específicas para alguns setores, o que dá um resultado direto para a população local”. O diferencial da linha são as taxas atrativas, a partir de 1,70% ao mês, inferiores à média do mercado – que pode chegar a mais de 4%. Os prazos são maiores para quitar o financiamento, podendo chegar a 51 meses.

As empresas interessadas devem encaminhar propostas pela internet (www.bdmg.mg.gov.br) ou pela rede de mais de 300 Correspondentes Bancários do BDMG espalhados pelo estado. O valor disponibilizado para financiamento pode chegar a R$ 700 mil. A partir da entrega da documentação ao BDMG, a liberação do crédito é realizada em dez dias, em média. Os recursos do Geraminas Social poderão ser utilizados para capital de giro, compra de matéria-prima, reformas e obras civis, entre outras finalidades.

Primeiros financiamentos

Na fase de testes, em que o Banco testou a aderência do produto ao mercado, 125 empresas de 10 territórios de desenvolvimento contraíram financiamentos: Alto Jequitinhonha (31), Norte (30), Médio e Baixo Jequitinhonha (29), Sul de Minas (12), Alto Caparaó (cinco), Região Metropolitana de Belo Horizonte (5), Vale do Mucuri (4), Zona da Mata (3), Rio Doce (3), Oeste (2) e Vale do Aço (1).


Fonte: Agência Minas