segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Oficina discute TT mais ágil nos projetos de combate à miséria no Semiárido

O apoio da Embrapa às políticas públicas de combate à miséria já contabiliza a instalação de mais de 300 Unidades de Aprendizagem em 14 Territórios da Cidadania localizados no Semiárido. Com 12 projetos em execução e mais cinco que iniciam suas atividades neste ano, a instituição discute ajustes entre suas áreas de pesquisa, de transferência de tecnologia e de administração para intensificar e dar maior eficiência à sua participação.

Até a conclusão dos projetos, a Embrapa deverá apresentar números ainda mais expressivos. Serão instaladas cerca de 1.300 tecnologias de captação, armazenamento e conservação das águas de chuva, como cisternas de consumo e de produção, barraginhas, barragens subterrâneas, entre outras. Viveiros para a criação de galinhas caipiras serão 110. Há, ainda, metas para a introdução de técnicas de produção e conservação de forragens, criação de abelhas, manejo dos rebanhos e instalação de pequenas hortas nos quintais das residências nas áreas rurais.

Boas práticas - As ações da Embrapa de apoio no combate à miséria tiveram início em 2012. De acordo com Fernando do Amaral Pereira, chefe do Departamento de Transferência de Tecnologia (DTT), o atual momento é de consolidar os projetos, principalmente com a otimização dos processos administrativos para aquisição de insumos e de equipamentos e contratação de construções.

A questão foi tratada na Oficina de Boas Práticas dos Projetos da Embrapa no Combate à Fome e Miséria no Semiárido, realizada na cidade de Petrolina (PE), nos dias 19 e 20 de agosto. Nela, pesquisadores e técnicos de nove Unidades da Embrapa sediadas no Nordeste e Minas Gerais apresentaram e debateram avanços e dificuldades na execução dos projetos com os chefes-adjuntos de Transferência de Tecnologia e de Administração, além do chefe da Assessoria Jurídica (AJU) da Empresa, Antônio Nilson Rocha, e de advogados que atuam nas UDs.

Segundo Fernando do Amaral, a oficina foi uma oportunidade de socializar experiências de gestão dos projetos. A participação do chefe da AJU e da equipe de advogados teve o objetivo de esclarecer procedimentos legais que dão a necessária segurança jurídica aos gestores na prática de atos administrativos. Segurança que costuma destacar a Embrapa na área pública pela eficiência de 98% na execução do seu orçamento e, o que é importante, sem restrições de ordem legal.

Aprendizagem - Existem dois tipos de projeto de combate à miséria em andamento. Um, territorial, é voltado para a implantação de tecnologias nas chamadas Unidades de Aprendizagem, a exemplo dos fogões ecológicos, plantas forrageiras e hortas. Doze deles estão em execução.

Outro tipo, o transversal, trata de temas que são comuns a todos os 14 territórios. Água, por exemplo, que é fundamental para viabilizar a implantação de outras ações e tecnologias do projeto. Outros temas transversais são os de galinha caipira, rede de multiplicação de manivas de mandioca, ações de capacitação e de divulgação de informações tecnológicas e acompanhamento, monitoramento e avaliação de impacto dos projetos da Embrapa nessa área.

De acordo com o chefe do DTT, os pesquisadores e técnicos da Embrapa e das instituições parceiras ainda enfrentam o desafio de atuar nos programas de combate à miséria "com" os agricultores e não "para" os agricultores. Nessa forma, que não impõe a adoção de tecnologias, a relação com os agricultores é marcada pelo diálogo e pela avaliação conjunta do que é viável no ambiente onde mantêm suas atividades agrícolas.

Para Fernando do Amaral, cada realidade tem sua especificidade. "Mesmo no Semiárido existem vários ambientes distintos e a tecnologia não é autoaplicável em qualquer um deles. Portanto, precisa passar por adaptações e ajustes conforme as condições do ambiente onde está localizada a propriedade".

Ainda segundo o chefe do DTT, "o objetivo é buscar uma eficiência que torne as pessoas capazes de agregar valor à sua produção, colher alimentos e, quem sabe, dispor de um excedente que possa ser comercializado nos mercados locais. Não vamos impor tecnologias aos agricultores".

Fonte: Embrapa.


Construção de curral no norte de Minas


Numa propriedade rural, que trabalhe com a criação de bovinos de corte ou leite, seja ela grande ou pequena, é indispensável a existência de um curral. O treinamento, com o objetivo de orientar o produtor a construir a benfeitoria, foi realizado no Haras HP em Montes Claros, pela primeira vez no estado.

O curso, promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros e SENAR MINAS, contou com a participação de oito produtores e trabalhadores rurais, que receberam orientações desde a fixação dos mourões até o acabamento.
 
Segundo o gerente regional do SENAR em Montes Claros, Dirceu Martins, o treinamento vai permitir ao participante que ele mesmo construa o curral de sua propriedade, investindo apenas na madeira e dobradiças. Uma economia significativa, pois a construção de um curral convencional de 25 metros quadrados, conforme apuração do mobilizador do Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros, Osmani Barbosa Neto, pode custar até R$ 8 mil.

“A madeira de reflorestamento, usada nos treinamentos, é protegida contra fungos e insetos, tem o preço mais em conta e pode durar até 20 anos”, diz o gerente. Segundo Dirceu, o grande ganho com este tipo de curral, além de financeiro, é ambiental. “Grande parte dos currais construídos no norte de Minas utiliza madeira de Aroeira, espécie ameaçada de extinção e hoje protegida por lei”.

Para os instrutores, Anderson Pinto Botelho e Vandeir Santos Vieira, o treinamento oferecido pelo SENAR MINAS permite facilidades na formação de mão de obra, pois a madeira roliça possibilita a padronização dimensional das peças e dos encaixes, facilitando o aprendizado dos alunos. Permite Também maior racionalização de recursos e melhor custo benefício.

Conforme os produtores, Hélio Pinheiro e Felisberto Costa, o curral é uma das instalações mais importantes na propriedade, pois é usado na vacinação, apartação, castração, ordenha, ferragem, contenção e tratamentos veterinários.

Sebastião Frões Souza, carpinteiro de profissão, trabalha com construção de cercas, telhados, galpões, dentre outros, mas nunca tinha construindo um curral. Ficou impressionado com as facilidades proporcionadas pelas orientações repassadas no treinamento. “Nunca pensei que pudesse construir um curral sem a ajuda de ninguém. Estou encantado com esta possibilidade”.


Fonte: FAEMG.

Bovinocultura e produção de leite são afetados pela seca em Minas Gerais

Alguns municípios de Minas Gerais estão sofrendo com a falta de chuva em suas lavouras. São 103 cidades, entre as quais São Francisco, Januário e Montes Claros. Regiões agrícolas, as produções locais têm sofrido com o clima. A mais prejudicada é a de leite, que representa cerca de 27% da produção nacional.

Segundo a meteorologista Josélia Pegorim, o mês de setembro tende a ser seco como agosto, que registrou 3,3 mm de chuva em Belo Horinzonte- 76% abaixo da média de precipitação. “A tendência é que a segunda semana de setembro seja marcada por quase ou nenhuma chuva, voltando às condições de tempo seco e quente em Minas Gerais. A chuva só será vista na próxima semana, na quinta-feira atingindo todo o Centro-Sul do Estado”, diz Josélia.

A estiagem tem reduzido a área dos pastos, problema que já vem ocorrendo nos últimos três anos. Para controlar o número de bovinos em relação aos espaços de pastagem, o estado decidiu abater as fêmeas, mas não adiantou. Minas Gerais teve toda sua cadeia bovina desvalorizada pela falta de qualidade, já que não havia uma alimentação equilibrada para os rebanhos. Diante disso, os pecuaristas sentiram a necessidade de realizar aproximadamente 17% de abates para a própria sobrevivência, o que resultou em uma alta dos preços para a venda.

De acordo com o analista de agronegócio Wallisson Lara Fonseca, os pecuários e os que lidam com a produção de leite devem olhar atentamente as necessidades de suas propriedades para gerir melhor. “Para se adquirir uma melhor gestão e com sustentabilidade é preciso trabalhar para manter uma qualidade na matéria-prima , vislumbrando atender o mercado externo, que cada vez se torna mais exigente. E que tem sido uma vitrine para ter como objetivo exportar o leite e não somente continuar no privado”, afirma Wallisson.

Sobre o Grupo Climatempo

O Grupo Climatempo é a maior empresa privada de meteorologia do país. Fornece, atualmente, conteúdo para mais de 50 retransmissoras nacionais de televisão, para rádios de todo o Brasil e para os principais portais. Com cerca de 1.100 clientes, a empresa atua principalmente em dois segmentos: o de agronegócios e o de meios de comunicação. Oferece também conteúdo meteorológico estratégico para empresas de moda e varejo, energia elétrica, construção civil, transporte e logística, além de bancos, seguradoras e indústrias farmacêutica e de alimentos. O Grupo é presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 27 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.