sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Extrativismo do pequi amplia geração de emprego e renda no município de Jequitaí


O extrativismo do pequi é tradicional em Jequitaí, no Norte de Minas. O fruto é encontrado com abundância nas áreas de cerrado e se destaca pelo seu sabor diferenciado e pela alta qualidade. O consumo e a comercialização da fruta in natura têm significativa importância socioeconômica para a população da região.

“O extrativismo do pequi no município se concentra entre os meses de dezembro e janeiro. Durante estes meses o fruto é um reforço alimentar e de renda para aproximadamente 300 famílias extrativistas do município, que comercializam o produto na BR-365 e para atravessadores. Muitas destas famílias têm na coleta do pequi a sua única fonte de renda”, explica o extensionista João Denilson Oliveira, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG).

Com o objetivo de incentivar o extrativismo e a conservação do cerrado, os técnicos da Emater-MG realizaram, em janeiro, duas capacitações, em beneficiamento do pequi nas comunidades rurais de Lavandeira e Barrocão. Trinta produtores da agricultura familiar, tradicionalmente extrativistas, participaram da capacitação. Durante a prática, eles aprenderam a fazer polpa de pequi em conserva, pequi congelado, boas práticas de fabricação de alimentos e manejo para o extrativismo sustentável.

O processamento aumenta o prazo de validade do produto e pode também aumentar o lucro em até duas vezes, quando comparado com a venda do fruto sem beneficiamento. “Deixar o cerrado em pé com sua valorização, agregar valor ao pequi, organizar a cadeia produtiva e consequentemente gerar renda através do beneficiamento são os nossos objetivos” enfatiza a extensionista da Emater-MG em Jequitaí, Maria Fernanda Brandão Nonato.

"Com o curso, aprendi coisas que eu não imaginava. Antes eu não sabia fazer conserva, que produto utilizava para conservar, na verdade nem conhecia a polpa de pequi. Com a conserva teremos pequi o ano todo", relata a agricultora Flávia, da comunidade rural de Lavandeira. Para ela, as orientações vão contribuir para a melhoria da renda da comunidade e valorização do cerrado.




Cidade do Norte de Minas Gerais é apresentada como referência do agronegócio brasileiro


A região de Jaíba, no norte de Minas Gerais, representa, hoje, um dos maiores polos de fruticultura do país. Em matéria divulgada na revista Exame no dia 16/01/14, a cidade típica do semiárido brasileiro é apresentada aos brasileiros como uma das grandes produtoras do país no suprimento de bananas, por exemplo, e a primeira no ranking de produção de sementes de hortaliças.

O avanço, atualmente constatado, foi possível com a retomada do modelo original de ocupação, que considerava a chegada de pequenos, médios e grandes produtores. A estatal mineira, Ruralminas, por sua vez, também teve participação nessa reconfiguração local, ao assumir crédito com o Banco de Desenvolvimento do Japão e instalar a infraestrutura em uma nova área. Com essa e outras modificações, um cenário de poucos recursos deu lugar à prosperidade, com a aplicação da agricultura irrigada com águas do rio São Francisco, que beneficia os 32.000 habitantes da cidade.

Com os investimentos e a atração de empresários rurais, estima-se que mais de 800 milhões de reais nas fazendas e unidades já tenham sido investidos na região. Novos empregos também foram criados e, atualmente, no Projeto Jaíba, mais de 18.500 pessoas trabalham com carteira assinada. Os produtos da região também contam com o selo "Produzido em Jaíba", que atesta o avanço e a adequação aos padrões de qualidade. Ponto positivo, também, com a inclusão dos assentados na economia, que agora não só trabalham em propriedades, como também podem aplicar ,em suas próprias roças, as técnicas que aprendem nos empregos.




Gordura do leite não engorda e não faz mal à saúde, afirma pesquisador da Embrapa


“Acreditar que a gordura do leite aumente os níveis de colesterol ou seja causadora de alguma doença cardiovascular é um mito”, garante o zootecnista Marco Antônio Sundfeld da Gama, da Embrapa Gado de Leite, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ele também é membro do Núcleo para Valorização dos Produtos Lácteos na Alimentação Humana, o Nuvlac, entidade ligada à Universidade Federal de Juiz de Fora, e que tem apoio da FAPEMIG.

Doutor em Nutrição de Vaca Leiteira, Marco Antônio Gama desenvolve pesquisas sobre a influência que tem o que o animal come sobre a qualidade da gordura de seu leite. A ideia final é identificar e reproduzir as condições que possam levar à produção de um alimento funcional – que tem uma função no organismo e é bom para a saúde humana. Mas a etapa agora é conscientizar.

O pesquisador alerta para o que chama de erro comum: acreditar que margarina é mais saudável que manteiga. Não é, segundo ele. Isso principalmente por que há diferenças nas propriedades da ligação química – trans – que ocorre na gordura de origem industrial e na gordura trans de origem de ruminantes, como as vacas. Inclusive na posição do carbono onde ocorre esse tipo de ligação química, o que determinaria a maior ou menor facilidade do metabolismo do alimento no nosso organismo. Isso, segundo suas pesquisas, faz toda a diferença para a alimentação humana.


Fonte: Fapemig