quarta-feira, 16 de abril de 2014

Agroecologia é alternativa para aumento na produção e na renda

Um dos principais preceitos da agroecologia e do cultivo orgânico é a necessidade de se ampliar a produção de alimentos sem provocar danos ao meio ambiente e aos recursos naturais. Com o objetivo de implantar esses conceitos na agricultura familiar, responsável por 70% da produção agrícola no país, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG – apresentou as bases de ação do Programa Especial de Agroecologia e Produção Orgânica.

O programa está alinhado às propostas das políticas federais e estaduais sobre agroecologia e agricultura orgânica e tem como foco principal a agricultura familiar. “As ações devem buscar a melhoria da qualidade de vida da população rural aumentando a produtividade e a rentabilidade dos agricultores”, destacou o pesquisador do EPAMIG Paulo César de Lima, coordenador do programa. 

O objetivo é desenvolver ações baseadas na prospecção de demandas por meio de metodologias participativas.  “Chegou o momento de a pesquisa se aprofundar neste tema e trazer a sociedade civil para a discussão. Temos um compromisso na proposição e difusão de alternativas para o desenvolvimento rural sustentável”, afirmou o presidente da EPAMIG, Marcelo Lana, em solenidade realizada nesta quinta-feira (27), na Sede da Empresa, em Belo Horizonte.

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Silva, destacou este como um novo momento da agropecuária em Minas. “A agricultura familiar está se posicionando com um importante pilar para a segurança alimentar”, afirmou. O presidente do Consea – MG, Dom Mauro Morelli, ressaltou que os 130 municípios que integram o programa estruturador “Cultivar, nutrir e educar” já superaram a meta de utilizar na merenda escolar 30% de produtos da agricultura familiar. “O Estado de Minas é pioneiro ao criar uma lei de segurança alimentar e nutricional e está se firmando no apoio à agricultura familiar. Hoje 20% de todo alimento adquirido pelo Governo do Estado é fornecido por pequenos produtores”, afirmou.   

 As bases de ação do Programa Especial foram elaboradas em conjunto com um grupo técnico consultivo com a participação de 13 instituições (cinco governamentais e oito entidades de classe e sociedade civil) nomeado pela Seapa. Também compareceram à solenidade representantes de instituições parceiras e de entidades ligadas à agricultura familiar e à segurança alimentar.

Fonte: SEAPA-MG 27.03.2014

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