Os números, com base em
informações de setembro, fazem parte do relatório do Valor Bruto da Produção
(VBP), divulgado pelo Ministério da Agricultura e analisado pela Secretaria de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
O VBP se refere à renda dentro da
propriedade e considera os preços recebidos pelos produtores das principais
culturas agrícolas do país. Para o Brasil, a previsão é de uma soma de R$ 232,5
bilhões, variação positiva de 2,0% em relação ao valor registrado em 2011.
Embora o café, principal produto do agronegócio mineiro, tenha apresentado
retração, os dados da cana-de-açúcar, segundo no ranking, continuam favoráveis.
Neste caso, o valor previsto é de R$ 4,4 bilhões, uma variação positiva de
11,5%.
Segundo o superintendente de Política
e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, a estimativa crescente do
VBP da cana-de-açúcar em Minas deve ser atribuída à boa safra do produto no
contexto de desempenho recorde da agricultura mineira.
O cenário favorece também as
estimativas de VBP do milho, que deve ter crescimento de 18,8%, alcançando o
valor de R$ 3,5 bilhões. Para a soja está prevista uma variação percentual de
38,6% e o VBP de R$ 3,1 bilhões. De acordo com Albanez, a soja e o milho
estão valorizados no mercado interno e externo.
- A procura é crescente para atender
ao aumento da produção de ração destinada aos criatórios de aves e suínos,
explica. Além disso, o superintendente destaca os reduzidos estoques desses
grãos nos mercados mundiais.
A renda obtida com o valor pago aos
produtores de feijão de Minas Gerais também teve correção favorável no novo
levantamento do VBP para 2012. Neste caso, o crescimento previsto é de 55,2%,
com um VBP de R$ 1,7 bilhão.
Para o VBP da banana, a estimativa é
de um salto de 71,5%, com R$ 679 milhões. Está previsto também um expressivo
crescimento (8,7%) para a batata inglesa, que deve alcançar o valor de R$ 823
milhões. O algodão também apresenta perspectivas favoráveis com um crescimento
estimado de 18,3% no VBP, que deve alcançar R$ 245 milhões.
Já o café - que tem o maior peso
entre todos os produtos agrícolas de Minas Gerais - deverá ter resultado
negativo, com queda de 9% em relação ao ano passado e valor de R$ 10,8 bilhões.
No entanto, conforme explica Albanez, este quadro poderá ser alterado nos
próximos meses, desde que o mercado reaja positivamente quanto ao preço do
produto.
- Com o início do inverno no
Hemisfério Norte há expectativa de aumento da demanda e, como consequência, o
aquecimento das cotações. Caso este prognóstico se confirme, o VBP mineiro
poderá até superar a estimativa apresentada no relatório de setembro, finaliza
o superintendente.
Números do Valor Bruto da Produção
agrícola em Minas
VBP total: R$ 26,5 bi (+12,6%)
Cana-de-açúcar: R$ 4,4 bi (+11,5%)
Milho: R$ 3,5 bi (+18,8%)
Soja: R$ 3,1 bi (+38,6%)
Feijão: R$ 1,7 bi (+55,2%)
Banana: R$ 679 milhões (+71,5%)
Batata Inglesa: R$ 823 milhões (+8,7%)
Algodão: R$ 245 milhões (+18,3%)
Café: R$ 10,9 bi (-9%)
Cana-de-açúcar: R$ 4,4 bi (+11,5%)
Milho: R$ 3,5 bi (+18,8%)
Soja: R$ 3,1 bi (+38,6%)
Feijão: R$ 1,7 bi (+55,2%)
Banana: R$ 679 milhões (+71,5%)
Batata Inglesa: R$ 823 milhões (+8,7%)
Algodão: R$ 245 milhões (+18,3%)
Café: R$ 10,9 bi (-9%)
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