sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Fiemg pretende agregar valor à silvicultura em MG

Meta é alavancar a economia dos vales do Jequitinhonha e Mucuri.


Se no passado não muito distante sub-regiões do Norte de Minas, como os vales do Jequitinhonha e Mucuri, eram vistas como a aposta para o futuro da economia do Estado, hoje o desenvolvimento já é realidade nestes locais. O governo estadual já direciona ações e investimentos em infraestrutura para a região e instituições privadas confiam a instalação de algumas de suas operações às mais diversas cidades da parte Norte do Estado.

Somado a isso há ainda mão de obra farta e a estruturação do ambiente de negócios realizada por entidades integrantes do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), que tornam a região ainda mais propícia ao desenvolvimento econômico sustentável.

Os esforços realizados em conjunto têm como principal objetivo alavancar o perfil industrial do Norte de Minas. Alguns segmentos, como os de cerâmica, comércio, serviços e silvicultura já possuem grande expressão. Outros, porém, estão em desenvolvimento e precisam ser aprimorados.

Este é o caso da silvicultura.  Expressiva a participação do segmento no que se refere ao plantio, comercialização de mudas e transformação em carvão. De acordo com o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Social de Turmalina, Humberto Godinho Alves, o Vale do Jequitinhonha tem a maior floresta plantada contínua do mundo em eucalipto. O plantio se estende por municípios como a própria Turmalina, Capelinha, Almenara, Minas Novas, Itamarandiba, entre outros.

Porém, conforme ele, a madeira ainda é pouco direcionada para a indústria. "O foco ainda se restringe muito ao carvão. Há pouca oferta direcionada a segmentos industriais de outras naturezas como a madeireira e a construção civil", diz.
Potencialidades - E já que o objetivo das lideranças políticas e empresariais de Minas Gerais é de despertar o espírito industrial nos empreendedores da região, algumas ações têm sido realizadas como forma direcionar as atenções para as potencialidades deste tipo de mercado. Dentro desta proposta, foi realizado, nos dias 28 e 29 de agosto, no município de Turmalina, no Vale do Jequitinhonha, a terceira edição do Seminário Nacional Manejo de Eucalipto para a Indústria.

Na avaliação do presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior, a aplicação de práticas industriais no segmento não só agregaria valor ao insumo plantado na região, como também traria benefícios econômicos para Minas. Conforme ele, seria mais uma forma de consolidar a política de diversificação econômica do Estado. "Mais do que isso, seria uma forma de modificar as experiências vividas pelo Norte de Minas, pelo Jequitinhonha.  preciso transformar essas regiões a partir da própria região. A solução está aqui. O que podemos oferecer é apoio", resume.

Olavo Júnior lembrou ainda o fato de, nos últimos anos, o agronegócio e a indústria terem grande participação na composição do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Para o presidente da Fiemg, unir os segmentos é uma fórmula certeira de sucesso. "Isso gera riqueza e consequentemente um PIB cada vez maior. O eucalipto plantado aqui tem qualidade e a partir da implantação de algumas tecnologias poderá ir muito além", diz.

Tamanha a aposta da Fiemg, que a regional Vale do Jequitinhonha foi a última das dez subdivisões da entidade a ser criada e o próprio presidente da federação permaneceu como representante dos interesses das indústrias locais. "Justamente por estar nascendo e ser importante para o desenvolvimento industrial do Estado é que acredito que essa regional precisa estar próxima da presidência".



Nenhum comentário: