sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Água de cisterna para consumo animal

Na convivência com o Semiárido brasileiro são essenciais as tecnologias que aumentam a oferta de água nos períodos de seca. As cisternas rurais têm se mostrado uma alternativa de aptidão flexível, que podem ser empregadas para armazenar água das chuvas e suprir as demandas tanto das famílias quanto de pequenas hortas e ainda para abastecer os rebanhos.
 
Pesquisadores e técnicos da Embrapa Semiárido apresentaram, no programa “Prosa Rural”, a experiência que realizaram em comunidades no interior da Bahia, de Pernambuco e do Piauí com o emprego de cisternas para uso familiar e para dessendentação dos animais. É um trabalho apoiado pelo programa Uma Terra e Duas Águas (P1 + 2).


Tradicionalmente, a cisterna é reservada como fonte de água exclusiva para as pessoas. Aos animais costuma-se reservar um barreiro ou açude, que perde muita água pela evaporação ao longo dos meses de seca. Além da perda de volume, a água se torna enlameada e pode ser infestada por parasitas que comprometem a saúde desses animais. Portanto, a construção de uma segunda cisterna na propriedade, destinada ao abastecimento dos animais, ajuda não só a prevenir as perdas por evaporação, mas também a melhorar a qualidade da água fornecida ao rebanho, principalmente se for captada das chuvas que caem sobre os telhados.
 
No caso da captação feita em uma linha de drenagem natural, como uma estrada, é recomendada a instalação de um sistema de filtragem entre a captação e o armazenamento para a retirada de resíduos orgânicos que possam comprometer a qualidade da água.
 
Por meio do programa P1+ 2, os agricultores recebem apoio para a instalação de uma segunda cisterna em sua propriedade. De acordo com Nilton de Brito, técnico da Embrapa Semiárido (Petrolina/PE), a cisterna tem um custo de construção menor que o do barreiro e ainda preserva a água de fontes de contaminação.
 


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